No combate à fome, Brasil supera as Metas do Milênio, diz FAO

Relatório da FAO ressaltou que o Brasil superou em 54% o seu objetivo. Em 1990, 15% dos brasileiros passavam fome. Hoje, o número é de 6,9%.

No combate à fome, Brasil supera as Metas do Milênio, diz FAO

Prioridade do governo brasileiros dadas às
políticas sociais e aos programas de
agricultura familiar foram essenciais para
o combate à fome

A FAO, organismo das Nações Unidas que cuida dos temas agricultura e alimentação, acaba de divulgar um relatório que traz resultados espetaculares para o Brasil. No mundo, o Brasil foi um dos países que mais reduziram a fome nos últimos vinte anos. O número de cidadãos famintos caiu de 22,8 milhões para 13,6 milhões, entre 1992 e 2013. Com esses resultados, o Brasil já alcançou as chamadas Metas do Milênio, superando, em 54%, seu objetivo. Em 1990, 15% da população brasileira passavam fome. Hoje, o número é de 6,9%.

Ao tomar posse na presidência da República, em janeiro de 2003, o ex-presidente Lula colocou como primeiro objetivo de seu governo a erradicação da fome. O programa Fome Zero, que depois foi incorporado por outras ações sociais, como o Bolsa Família, teve apoio de personalidades internacionais, como o cantor Bono Vox, que doou uma guitarra para a iniciativa.

Ainda existem no mundo, segundo a FAO, 842 milhões de famintos – em 1992, eram 1 bilhão. Curiosamente, enquanto caiu no mundo, a fome cresce nos países ricos, onde o número de famintos aumentou em 500 mil pessoas.

“Políticas de estímulo à produtividade agrícola podem dar uma contribuição decisiva para reduzir ainda mais a fome no mundo”, disse o brasileiro José Graziano, que chefia a FAO e foi um dos mentores do Fome Zero.

A fome mundial reduz-se, mas ainda há milhões que sofrem de fome crônica

Cerca de 842 milhões de pessoas, um em cada oito habitantes do mundo, sofreu de fome crônica entre 2011 e 2013, ao carecer de alimentos suficientes para levar uma vida ativa e saudável, segundo um relatório publicado nesta terça-feira pela Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Mesmo assim, o número de pessoas que passam fome reduziu com relação aos 868 milhões medido no período de 2010 a 2012, indica o documento “O Estado da Insegurança Alimentícia no Mundo (SOFI)”, elaborado anualmente pela FAO, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA). A maior parte das pessoas que passam fome vivem em países em desenvolvimento, mas cerca de 15,7 milhões estão em países desenvolvidos.

O constante crescimento econômico nos países em desenvolvimento aumentou a renda e o acesso aos alimentos. O recente aumento na produção da agricultura, sustentado pelo aumento de investimento público e o interesse de investidores privados na agricultura, aumentou o acesso aos alimentos.

A melhora na disponibilidade da comida se deve a uma subida recente no crescimento da produtividade agrícola, apoiado pelo aumento do investimento público e o renovado interesse dos investidores privados na agricultura.

Além disso, em alguns países as remessas dos imigrantes tem um papel destacado na redução da pobreza e contribuem para impulsionar os investimentos produtivos dos pequenos agricultores.

Clique aqui para saber mais sobre o relatório da FAO

PT na Câmara

Foto: www.envolverde.com.br

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