Parlamento do Mercosul

Humberto denuncia produção de fake news pró-Bolsonaro

Para o senador, CPI das Fake News irá comprovar, nos próximos meses, a vinculação entre a  extrema-direita bolsonarista e as notícias falsas produzidas no país
Humberto denuncia produção de fake news pró-Bolsonaro

Foto: Roberto Stuckert Filho

A  notícia de que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que a Polícia  Federal investigue a relação entre uma rede de disparos de mensagens de  WhatsApp favoráveis a Bolsonaro e ataques sofridos pelos ministros da  corte foi levada ao plenário do Parlamento  do Mercosul (Parlasul) pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE),  nessa segunda-feira (14).

Ele alertou os colegas para os riscos que a produção e divulgação  de fake news podem gerar para o resultado de eleições e para a  democracia de um país, a exemplo do que aconteceu no Brasil no ano  passado, quando as notícias falsas pró-Bolsonaro e contra  Fernando Haddad, candidato do PT, mudaram o destino do Brasil.  Argentina, Bolívia e Uruguai terão eleições em breve.

Humberto, que é membro da CPI mista das fake news no Congresso  Nacional, criticou a produção de informações caluniosas por parte dos  bolsonaristas, inclusive com o uso e o apoio do Palácio do Planalto,  para atacar instituições públicas e inimigos e influenciar  eleições, votações no Congresso Nacional e julgamentos no Judiciário.

Segundo o senador, a Comissão Parlamentar de Inquérito da qual faz  parte irá comprovar, nos próximos meses, a vinculação entre a  extrema-direita bolsonarista e as notícias falsas produzidas no país.

“Já houve duas decisões importantes: a informação de que WhatsApp  cancelou 1,5 milhão de contas de notícias falsas e de ataques a pessoas e  políticos e a confissão oficial de que a rede foi utilizada para  disparos em massa contra o PT e a favor de Bolsonaro.  A CPI vai investigar tudo o que está sendo divulgado”, afirmou.

O parlamentar declarou no Parlasul que as ações criminosas nas  redes sociais têm de ser denunciadas para que sejam investigadas e os  responsáveis sejam devidamente punidos.

“Essa prática precisa ser contida não só nas eleições. Essas redes de  falsidade  continuam funcionando e prejudicando as democracias, como temos vistos  em várias partes do mundo, com a tentativa de enfraquecimento das  instituições para abrir caminhos às forças populistas”, comentou.

No discurso, Humberto também falou sobre a crise no Equador. O  senador avalia que a revolta da população se deve ao fato de as  políticas neoliberais implementadas naquela nação vizinha só trazerem  mais pobreza, desemprego e perspectivas negativas.

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