Aníbal: endividamento é voltado para |
A insidiosa campanha movida pela oposição a Petrobras é desmentida de maneira cabal por uma expressão clara da realidade: os números, afirmou o senador Aníbal Diniz (PT-AC), que em pronunciamento ao plenário na tarde desta terça-feira (15) reforçou os argumentos apresentados pouco antes pela presidenta da empresa, Graça Foster, durante mais de seis horas de depoimento às comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Fiscalização e Controle (CMA). “Apesar da virulência com que a oposição ataca esse patrimônio do povo brasileiro, os números mostram outra realidade”, enfatizou Aníbal.
Em 2002, último ano do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), lembrou o senador acriano, o valor de venda da Petrobras era de US$ 30 bilhões. Em 2012, esse valor havia crescido quase sete vezes, chegando a US$260 bilhões. No mesmo período, a receita da Petrobras saltou de US$69,2 bilhões para US$281,3 bilhões, o lucro líquido avançou de US$ 8,1 bilhões para US$21,1 bilhões. Também entre 2002 e 2012, os investimentos da empresa passaram de US$ 18 bilhões para US$ 84 bilhões. “Esses números, somados a uma infinidade de outros números que podem ser apresentados, dão uma demonstração de que a saúde da Petrobras não ficou pior com os governos de Lula e Dilma. Pelo contrário, a Petrobras continua sendo uma empresa competitiva”, afirmou Aníbal.
Falando pela Liderança do PT, o senador também citou os avanços registrados no quadro de pessoal da empresa, que saltou de 46 mil trabalhadores próprios para 85 mil, a produção da empresa, que era de 1,5 milhão de barris de petróleo por dia em 2002 e chegou a 2 milhões de barris/dia em 2012 e a ampliação das reservas provadas, de 11 bilhões de barris de óleo para 15,7 bilhões de barris, no mesmo período.
“As explicações que a presidenta Graça Foster deu hoje, ao longo da audiência pública, deixaram claro que o endividamento hoje da Petrobras é inteiramente justificável por conta dos investimentos que a empresa tem feito para aumentar a capacidade de produção da empresa”, avaliou Aníbal. Ele destacou a guerra de desinformação que vem sendo promovida pela oposição e setores da grande imprensa, que se apegam, inclusive, a números irreais.
Aníbal criticou os “profetas do fato consumado”, que tentam carimbar como “escusa” a compra da Refinaria de Pasadena. “Talvez hoje possamos dizer que não foi um bom negócio. Mas em 2006, à luz das informações que se tinha, tudo apontava de que seria uma operação vantajosa, como afirmavam análises de consultoria renomada”, afirmou o senador. “Se hoje esse negócio não é atraente, temos de fazer um recorte importante: não é atraente hoje, mas, naquele momento, apoiado nas melhores avaliações, o Brasil considerou que havia viabilidade no negócio e na iniciativa de ampliar o mercado brasileiro nos Estados Unidos”.
O senador também chamou a atenção para uma informação prestada pela presidenta Graça Foster a respeito do preço pago pela empresa belga Astra pelo total da refinaria—a Astra, posteriormente, venderia 50% de Pasadena à Petrobras e, em 2012, os outros 50%. Uma comissão interna da Petrobras, criada recentemente para avaliar essa operação, apontou que a Astra não pagou apenas US$42,5 milhões, em 2004, como estava sendo divulgado. Foster esclareceu que o valor foi de US$360 milhões ao grupo proprietário anterior.
Aníbal demonstrou confiança de que as supostas irregularidades praticadas na empresa, se comprovadas por investigações em curso feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, serão exemplarmente punidas. “Hoje, às vésperas das eleições, o assunto é mote para ataques de oposicionistas a uma das maiores e mais respeitadas empresas brasileiras. Mas a Petrobras é um orgulho nacional e sobreviverá a essa campanha”.