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Nos governos petistas, o Brasil atinge pleno emprego

Em dezembro de 2014, a taxa de desemprego anual atingiu a menor média da História até então. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa foi de 4,8%
Nos governos petistas, o Brasil atinge pleno emprego

Foto: Divulgação

Quando se fala em país onde se tem a sensação de pleno emprego, vem à mente algum país europeu, onde não há crise e o trabalhador pode se dar ao luxo de recusar um posto de trabalho apenas porque o salário ou as condições exigidas não correspondem à sua qualificação.

O Brasil já foi esse país.

Em dezembro de 2014, a taxa de desemprego anual atingiu a menor média da História até então. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa foi de 4,8%.

Era a menor taxa desde 2002, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).

2014 foi o quinto ano consecutivo de redução nas taxas de desocupação. Entre 2003 e 2014, o Brasil criou 20 milhões novos postos de trabalho formais, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais, do Ministério do Trabalho e Emprego). O número é 25 vezes maior que os total de postos criados pelo governo tucano: 800 mil novos empregos

Os números ficam mais impressionantes se levarmos em consideração que, a cada ano dessa década (2003 a 2013), o volume de emprego cresceu 5%. Detalhe: a População Economicamente Ativa no mesmo período crescia 1,4% ao ano.

Outro importante indicador é a taxa média anual de desocupação nas regiões metropolitanas do Brasil, entre 2003 e 2014, a partir dos dados da PME do IBGE. O comportamento desta série apresenta uma redução das taxas de desocupação quase unânime, passando em 2003, de um patamar de 12,3%, para uma taxa de 4,9% de janeiro a abril de 2014, o que significa uma redução de 60,2% no período.

[blockquote align=”none” author=””]Durante a crise que abalou o mundo, o Brasil gerou 10,5 milhões de empregos[/blockquote]

Em 2002, a taxa de desemprego era de 12%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução do desemprego e o pleno emprego estão entre as mais importantes conquistas do PT.

O caminho para o Pleno Emprego foi aberto em 2009. Até 2014, foram gerados 22 milhões de empregos formais (com carteira assinada). A crise que cortou 200 milhões de empregos em todo o mundo passou ao largo do Brasil em 2013. Naquele ano, o Brasil contabilizou 5 milhões de novos postos de trabalho. Enquanto isso, a Espanha somava 26% de desempregados; a África do Sul, 25%; Portugal, 17%; Itália, 12%. A média da Zona do Euro foi de12% e o Brasil não passou de 5%, índice considerado pleno emprego.

Durante a crise que abalou o mundo, o Brasil gerou 10,5 milhões de empregos.  Como dizia o então ministro da Fazenda, Guido Mantega na época, “a crise internacional é conhecida pela população só pelo noticiário e pelos jornais”.

O atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn era diretor da instituição em 2014 quando, durante o XVI Seminário para Metas de Inflação, enfatizou que o Brasil atingiu o pleno emprego, e que, a partir desse patamar, precisava investir no crescimento econômico. “Qualquer banco central, mesmo com meta de inflação, leva em consideração o desemprego”, afirmou.

 Aumento da renda

Apesar das flutuações do nível de atividade econômica, o Brasil viveu, durante dos governos Lula e Dilma, uma era marcada por aumentos importantes do salário mínimo real, ampliação da formalização das relações do trabalho (mais trabalhadores com carteira assinada), queda acentuada nos níveis de desemprego e redução das desigualdades.

[blockquote align=”none” author=””]Entre os mais pobres, o aumento real da renda foi de até 129%[/blockquote]

Também é importante destacar que o salário mínimo cresceu imensamente no período. Quando os governos tucanos assumiram, o salário mínimo valia R$100. Quando saíram, estava em R$200. Descontada a inflação dos oito anos, o aumento real não passou de 21,89%. Até 2016, quando Dilma foi apeada do poder às custas de um golpe parlamentar, o mínimo estava em R$ 880,00 – um aumento real de 77%.

Entre os mais pobres, o aumento real da renda foi de até 129%. O índice supera amplamente o crescimento dos salários medianos,  de 42% e o dos rendimentos médios, de 31% .O salário mediano refere-se ao valor dos salários pagos à metade (ou menos) da população. O salário médio é a representação da média simples de todos os salários pagos no País.

O resultado foi a redução das desigualdades. Milhões de brasileiros saíram da condição de miséria absoluta e deixaram a informalidade. A associação entre os bons resultados das políticas públicas e das condições econômicas assegurou a melhoria nas condições de vida e a dignidade para brasileiros tradicionalmente excluídos do mercado formal.

 Ameaças

Com a consolidação do golpe, o trabalhador brasileiro começou a perder. Entre junho e setembro do ano passado, houve 226 mil cortes de vagas com carteira assinada. Os investimentos despencaram e o setor de máquinas e equipamentos anunciou uma queda de 17% em agosto, a maior crise dos últimos anos. Com uma deterioração tão profunda da econmia, a conversa golpista de que recebeu uma “herança maldita” do governo Dilma já não convence.

O desemprego galopa .Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho dão conta de que 39.282 vagas formais (com carteira assinada) foram fechadas só no mês de setembro, quando a gestão Temer já estava estabelecida.

Em outubro de 2016, o coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo comentando a PNAD, disse que o mercado de trabalho brasileiro está em pleno círculo vicioso, “com perda do poder de compra, queda na população ocupada – com grupamentos importantes apresentado redução em seu contingente de trabalhadores – e da qualidade do emprego –, que se reflete no número de pessoas trabalhando com carteira assinada, que recuou quatro anos atrás”.

Flexibilização como resposta

Para enfrentar o desemprego em franca ascensão, o governo Temer pretende flexibilizar as relações de trabalho. Em português claro, isso significa implementar a precarização.

O projeto de lei que flexibiliza ainda mais a terceirização de serviços é visto pelos progressistas como uma ameaça concreta ao trabalhador. Em entrevista (http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/124/para-ministro-do-TST-terceirizacao-transforma-pessoas-em-mercadorias-767.html) à Rede Brasil

Atual em novembro do ano passado, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho Luiz Philippe Vieira de Mello Filho diz que a proposta representa passar a tratar o ser humano com o mercadoria. “Eu tenho uma empresa para locar ser humano, e a razão pela qual o Direito do Trabalho nasceu foi para dizer que isso não poderia acontecer. Qual a atividade da sua empresa? Locar ser humano”, disparou.

Veja o que significa pleno emprego (em vídeo de 2010):

Reprodução autorizada mediante citação do site PT no Senado

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