O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), retirou o sigilo das conversas entre procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro nesta segunda-feira, 1. Os novos diálogos, inéditos e com 50 páginas, foram incluídos no processo pela defesa do ex-presidente Lula. O conjunto dos diálogos foram divulgados pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo. A comemoração comum – de acordo com o diálogo a seguir – é prova cabal do lawfare para afastar Lula das eleições de 2018.
Os diálogos reafirmam o conluio e fraude jurídica praticada pelo juiz Sergio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol à frente da operação Lava Jato para condenar o ex-presidente Lula. Além de diálogos que registram a combinação entre juiz e procurador, outras conversas entre Moro e Dallagnol tratam de acertos financeiros para financiar “campanhas” contra a corrupção. Os diálogos divulgados na semana passada revelavam Moro orientando os procuradores sobre como apresentar a denúncia contra o petista no caso do tríplex do Guarujá.
“Moro era o chefe da quadrilha da Lava Jato e mandava nos procuradores. Acobertavam mutuamente os crimes que cometiam usando a Justiça. Perversamente, condenaram e prenderam um inocente sem provas sem nenhum ESCRÚPULO !Justiça para Lula!#DevolvamOsDireitosDoLula”, denunciou o senador Rogério Carvalho (PT-SE), em suas redes sociais. Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), as novas revelação confirmam o “golpe na democracia e a prisão ilegal de Lula”, que afastou o ex-presidente das eleições de 2018 e levou Jair Bolsonaro ao poder.