O otimismo dos empresários no mundo em relação à economia global atingiu o nível mais baixo desde 2009. Apenas 13% dos executivos estão otimistas com a economia global, uma queda de 16%, na comparação anual. Enquanto isso, no Brasil os empresários continuam otimistas. De acordo com o levantamento, 66% dos empresários brasileiros têm uma visão positiva em relação ao futuro da economia local para os próximos 12 meses.Com isso, o País ficou na 8ª posição no ranking mundial de otimismo.
Mais otimistas que os brasileiros, apenas os empresários do Peru (91%), Bósnia e Filipinas (ambos com 84%), Emirados Árabes (80%), Chile e México (com 78%) e Índia (68%).Regionalmente, a América Latina teve destaque positivo com aumento de 15% no nível de otimismo do empresariado para 64%.
Os dados são do relatório trimestral International Business Report (IBR) 2012 da Grant Thornton International. O estudo é feito com base em 12 mil empresas distribuídas por 40 economias.
Os dados trimestrais revelam um pessimismo quase generalizado, já que somente 8% do empresariado mundial antevê um bom cenário para a economia, queda de 15% na comparação com o segundo trimestre deste ano.
Entre os países que puxaram essa baixa estão o Japão (-65%), a Espanha (-64%), a Finlândia (-48%), a França (-44%), e a Itália (-24%). No terceiro trimestre, a Finlândia foi o país que apresentou a maior queda no otimismo (-76%). Nos Estados Unidos, a queda foi de 31%, passando de 50% registrados no segundo trimestre para 19%.
Já os países do G7 –França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, EUA e Canadá — tiveram queda de 25%, a maior queda no nível de otimismo,
Otimismo e ações governamentais
“O governo brasileiro tem demonstrado a intenção de trabalhar nas questões prioritárias, além do consumo, para estimular o crescimento como, por exemplo, as parcerias com a iniciativa privada no setor de infraestrutura e a desoneração do custo de energia”, aponta o levantamento. Esses pontos demonstram que o país pode alcançar um crescimento sustentável de longo prazo”, diz Paulo Sérgio Dortas, managing partner da Grant Thornton Brasil.
Esse otimismo se reflete nas empresas. Segundo o IBR, 72% dos líderes consultados esperam aumentar as receitas e 52% preveem elevação da lucratividade, percentuais bem acima da média global de 47% e 33%, respectivamente.
A expectativa com relação aos empregos nas companhias ainda é alta, com 42% dos entrevistados dizendo que esperam contratar. Além disso, o estudo mostrou que 43% dos empresários pesquisados planejam elevação de preços e 54% tem como planos fazer investimentos em máquinas e equipamentos.
Crédito
Ainda de acordo com o levantamento, os empresários acreditam que poderão contar com facilidade no acesso ao crédito. Para 70% deles, nos próximos 12 meses, o crédito deverá ficar mais acessível e 72% se sentem apoiados pelos credores.
Em contrapartida, eles apontam a burocracia (58%) e a falta de mão de obra qualificada (47%) como as maiores amarras para o crescimento dos negócios no Brasil.
Com informações de agências de notícias
dentina.