Atentado em Bagdá

“Brasil tem a obrigação de condenar”, cobrou senador Humberto

O senador Humberto Costa (PT-PE) condenou o ataque dos EUA que resultou na morte do general Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana
“Brasil tem a obrigação de condenar”, cobrou senador Humberto

Foto: Reprodução

O senador Humberto Costa (PT-PE) condenou o ataque dos Estados Unidos ao aeroporto de Bagdá, no Iraque, que resultou na morte do general Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana.

“A irresponsabilidade americana pode arrastar o mundo para o caos. Trump busca a reeleição por meio de uma guerra absolutamente inconsequente”, advertiu. “O Brasil tem a obrigação de condenar essa prática nefasta”, cobrou o senador petista.

O assassinato do general iraniano, ordenado por Donald Trump, ocorreu após os exercícios navais realizados entre os dias 27 e 30 de dezembro no norte do oceano Índico, com participação do Irã, China e Rússia.

“A crise entre Irã e Estados Unidos foi elevada a enésima potência com o assassinato do general Qasem Soleimani, apontado por muitos como a figura mais importante depois do Líder Supremo”, disse o embaixador Celso Amorim, em entrevista ao jornalista Jami Chade, no portal UOL.

Após a notícia da morte,  o aiatolá Ali Khamenei, Líder Supremo do Irã, decretou três dias de luto nacional e afirmou que haverá uma “severa vingança aos criminosos” por conta do ataque à segunda autoridade do país.

“Difícil imaginar que não haja reação”, destacou Amorim, que atuou na tentativa de um acordo nuclear com os iranianos, no governo Lula. “Desde a crise dos mísseis (Cuba) nunca estivemos tão próximos de um conflito armado direto entre dois Estados”, alertou o ex-chanceler.

Em relação a reação das autoridades brasileiras, Amorim  afirmou que “a questão é saber até onde irá e se, além das perdas comerciais, o governo está disposto a colocar em risco a segurança do Brasil e dos brasileiros”. “A questão deixa de ser só política. É moral e, até certo ponto, existencial”, afirmou ao jornalista do UOL.

Segundo as agências internacionais, o presidente iraquiano defendeu evitar as tragédias de um conflito armado,  a China, por meio de seu porta-voz, Geng Shuang, pediu “calma”, enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o assassinato ameaça “seriamente agravar a situação” no Oriente Médio.

Após a notícia da morte do general Soleimani, os preços do petróleo subiram mais de 4% , devido ao temor do mercado diante de um aumento das tensões na região.

 

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