“O meio da rua, a praça, é do povo”, diz Paim

Paulo Paim ressaltou a normalidade democrática brasileira que permitiu as manifestações tranquilasO senador Paulo Paim (PT-RS) viu com tranquilidade as manifestações desse final de semana, que começaram na sexta-feira (13), com os trabalhadores; no sábado, com representantes do movimento sem terra e deste domingo, com opositores ao governo de todas as matizes. “As faixas com dizeres mais ousados são naturais. O importante é que não houve violência. O povo deu o recado e os tambores rufaram para que o Congresso Nacional ouça a voz das ruas; para que o outro lado da rua, o Executivo, também ouça a batida do tambor;  para que o Supremo Tribunal Federal também ouça”, disse ele.

Paim recordou o líder negro Nelson Mandela logo após ter assumido o governo da África do Sul. Num evento para comemorar o fim da segregação racial no país, Mandela foi enfático ao dizer que se aquelas pessoas quisessem que o governo atendesse suas reivindicações, que então se mobilizassem, voltassem para as ruas e manifestassem. “Digam o que querem; e a democracia é isso, liberdade de expressão, liberdade para fazer passeata, carreata e assim os africanos fizeram”, ressaltou.

O senador, que foi o primeiro parlamentar a ocupar a tribuna nesta segunda-feira (16), observou que outro ponto relevante a ser analisado é a normalidade democrática brasileira. Em junho de 2013, durante as manifestações que pediam o passe livre nos transportes, Paim criticou duramente os atos de vandalismo. E no ato de manifestar, Paim também percebeu que na sexta-feira (13) a CUT pediu a derrubada das duas medidas provisórias (664 e 665) que retiram direitos dos trabalhadores. “No sábado, nas manifestações do MST, também pediram a mesma coisa e repetiram no domingo. Ora, se o Congresso Nacional apresentou quase 800 emendas, é preciso que o governo tenha esse olhar respeitoso e humilde e grandeza de notar que não é por aí”, salientou.

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