Ao se recusar a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a relação do parlamentar pelo estado de Goiás com o contraventor Carlos Cachoeira, nesta quinta-feira (31/05), o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) pode ter se comprometido ainda mais.
Para o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), Demóstenes perdeu a oportunidade de prestar esclarecimentos aos seus colegas. Odair avalia que a estratégia do silêncio pode levar à perda de mandato do denunciado. “Ele teve oportunidade de explicar as diversas contradições evidenciadas no depoimento que fez ao Conselho de Ética do Senado. Nós entendemos que essas contradições precisam ser esclarecidas. O silêncio do senador Demóstenes não é o silêncio dos inocentes. Com isso, ele pode ter assinado, hoje, a própria cassação”, constatou Odair Cunha.
Odair Cunha disse ainda que a negativa do senador goiano não atrapalhará os trabalhos da CPMI. Odair informou que as investigações terão como base as quebras de sigilos e os futuros depoimentos aprovados anteriormente pela comissão. Ele disse ainda que as pessoas que prestarão depoimento na CPMI, na condição de testemunhas, como foi o caso do senador Demóstenes, são obrigadas a dizer a verdade, sob pena de serem responsabilizadas criminalmente.
Em relação aos debates acalorados que aconteceram na reunião, o relator ponderou sobre a adoção da prática da “boa civilidade”. “Queremos que as pessoas sejam respeitadas, evidentemente. Esse tipo de circo que muitas vezes acontece no plenário da CPMI não contribui para o andamento dos trabalhos”, avaliou o relator.
Com informações do PT na Câmara
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