Oligopólio de mídia omite êxito do Pronatec, para sustentar o preconceito

Oligopólio de mídia omite êxito do Pronatec, para sustentar o preconceito

 

Dilma Rousseff:  “Um diploma vale muito. É talvez
a maior riqueza que alguém carrega, algo que
conquistou e que trouxe mais conhecimento”

Uma das meias verdades mais comuns no oligopólio de mídia, responsável pela produção de mais de 70% da informação jornalística do Brasil, é a de que o Bolsa Família é um programa assistencialista, de cunho exclusivamente eleitoral. Um exemplo desse comportamento reacionário apareceu na revista Veja, de 10 de julho de 2013, com a sugestão de que os beneficiários do Bolsa Família não deveriam votar.

Para manter essas mentiras, entretanto, os jornais, revistas e emissoras de rádio de tevê do oligopólio de mídia são obrigados a esconder do grande público informações vitais para os brasileiros saberem como o governo investe seus recursos. É o que acontece, por exemplo, com a absoluta omissão do enorme êxito dos cursos de formação profissional oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec, para os beneficiários do Bolsa Família.

O propósito de esconder é tão escandaloso que, nem mesmo em situações como a desta última quinta-feira, quando três mil alunos do Ceará receberam seus certificados de formação profissional, os veículos de informação do oligopólio não informam a opinião pública sobre o êxito alcançado em tão pouco tempo do Programa Pronatec Bolsa Família – um dos passos essenciais para as famílias adquirirem independência econômica com dignidade.

Pois bem. Em pouco mais de um ano e meio de programa, mais de meio milhão de pessoas (527.352), de 1.531 municípios brasileiros, se matricularam nos cursos do Pronatec voltado ao público do Bolsa Família – com cerca de 50% matriculadas no primeiro semestre de 2013.

Entre os alunos inscritos, 55% têm entre 15 e 29 anos e 66% são mulheres. Até 2014, a meta é alcançar 1 milhão de pessoas inscritas.

Cerimônias como a da última quinta-feira (18) ocorrida em Fortaleza, onde a presidenta Dilma Rousseff e a ministra Tereza Campello participaram da formatura de 3 mil alunos do Pronatec na capital cearense devem se multiplicar nos próximos meses. Detalhe: dos três mil

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 Tereza Campello, na entrega dos diplomas:
 “Hoje comemoramos a vitória contra o preconceito
 de quem acha que a população mais pobre
 não trabalha e nem quer estudar”

formandos, 2,4 mil compõem o público do Plano Brasil Sem Miséria.

 “Formaturas são momentos muito importantes na vida de uma pessoa. Elas sempre representam uma vitória, uma conquista, uma mudança na vida dessa pessoa”, disse a presidenta. “Um diploma vale muito. É talvez a maior riqueza que alguém carrega, algo que você conquistou e que trouxe mais conhecimento”. Dilma Rousseff afirmou que a oferta de cursos do Pronatec tem uma importância estratégica na política de crescimento com inclusão social. “Um país só se desenvolve quando seus trabalhadores são capazes de fazer um trabalho mais qualificado, de um especialista que aprendeu a fazer algo da melhor forma possível. Isso significa não só um valor maior para o que é produzido, mas quase sempre um salário melhor para quem produz.”

Para a ministra Tereza Campello, o diferencial do Pronatec Brasil Sem Miséria reside na parceria do governo federal com estados, municípios, empresários e instituições do Sistema S – Senai, Senac e Senat. “Nós percebemos que o Pronatec dá mais certo nos lugares onde existe o trabalho conjunto desses parceiros e o casamento entre oferta e demanda dos cursos com o público e com o mercado”, avalia.

A ministra comemora o cumprimento de mais da metade da meta de 1 milhão de vagas para o público do Brasil Sem Miséria. “Hoje comemoramos a vitória contra o preconceito de quem acha que a população mais pobre não trabalha e nem quer estudar. Ela estuda, ela trabalha muito e quer trabalhar e estudar ainda mais. Ela quer e agarra com todas as forças as oportunidades que são oferecidas”.

O estudante André Araújo Guerra, formando do curso de recepcionista em Fortaleza, vê o Pronatec como uma oportunidade de vitória que apareceu em sua vida e como uma demonstração do compromisso do governo com a superação da extrema pobreza no país. “Esse curso me fez ver que, além de qualificar e facilitar a nossa entrada no mercado de trabalho, o governo está preocupado com o futuro cada um dos cidadãos brasileiros.”

Mobilização – A articulação entre as ações de assistência social e inclusão produtiva é fundamental para que se alcance a meta do Pronatec Brasil Sem Miséria. Por isso, o MDS reforçou os investimentos no Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho). Em 2013, 738 prefeituras e o DF participam do programa, o que prevê a aplicação de R$ 120 milhões. No ano passado, foram repassados R$ 63,9 milhões para 292 municípios.

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O Acessuas Trabalho é a principal ferramenta das equipes municipais de assistência social para mobilizar e encaminhar os beneficiários de programas sociais a ações de inclusão produtiva. Os municípios e o DF podem usar os recursos para pagamento de equipes técnicas, ações de busca ativa, confecção de panfletos, aluguel de salas de reuniões, contratação de carro de som etc. Além de estimular a participação em cursos de qualificação profissional, o programa orienta essa parcela da população a procurar órgãos de intermediação de vagas no mercado de trabalho, como o Sistema Nacional de Emprego (Sine).

Para aderir, os municípios precisavam cumprir os seguintes critérios: oferta de pelo menos 200 vagas em cursos do Pronatec Brasil Sem Miséria; existência de Centro de Referência de Assistência Social (Cras); e habilitação no Sistema Único de Assistência Social (Suas). O valor mínimo de repasse para cada município e o DF é de R$ 54 mil, por ano.

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Além da mobilização, a assistência social é responsável pela articulação entre o Sistema S (Senai, Sesi, Senac, Sesc, Sest e Senar, entre outros), escolas técnicas e empresários para identificar os postos de trabalho disponíveis no município. Isso permite que os cursos oferecidos atendam a estas necessidades, ampliando a empregabilidade.

(Com informações do Ministério do Desenvolvimento Social)

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