OMS: Brasil reduziu mortes por tuberculose pela metade

A Organização Mundial de Saúde divulgou a lista dos países que conseguiram atingir a meta de redução do número de mortes provocadas por tuberculose. Pela primeira vez na história, o Brasil conseguiu diminuir o número de óbitos pela metade, na última década, conforme o Relatório Global de Controle da Tuberculose de 2011, da OMS.

O senador  Lindbergh Farias (PT-RJ), que representa o Estado brasileiro com a maior incidência da doença, considera o cumprimento da meta uma vitória coletiva. “É uma vitória do país, do Ministério da Saúde e das políticas públicas do governo do estado do Rio Janeiro”, diz, acrescentando que acompanhou de perto o trabalho de prevenção e combate da tuberculose no Rio.

O senador explica que o problema é mais freqüente nos municípios da Baixada Fluminense. “Quando fui prefeito de Nova Iguaçu, acompanhei o problema em cidades como São Gonçalo e Itaberaí, que tinham índices altos de tuberculose. Reduzir esses números foi um avanço, mas nós temos de trabalhar agora para combater de vez essa doença”.

OMS
De acordo com o relatório da Organização Mundial de Saúde, apenas cinco países conseguiram atingir a meta de baixar pela metade o número de mortes por tuberculose na última década: Brasil, Camboja, China, Uganda e Tanzânia.

“Menos pessoas estão morrendo de tuberculose e menos estão contraindo a doença. Este é um motivo para celebração” , disse o Secretário-Geral da OMS, Ban Ki-moon. “Porém, isso não é motivo para complacência. Muitos milhões ainda contraem tuberculose a cada ano e muitos ainda morrem. Peço o apoio sério e sustentável para a ‘Parceria Pare a TB’”.  Fundado em 2001, a Parceria Pare a TB é composta por organizações internacionais, governos, doadores dos setores público e privado, bem e não-governamentais (ONGs).

Além da queda nos índices de contaminação, novos tratamentos para a doença também influenciam diretamente na diminuição dos óbitos. Um novo teste para diagnosticar a tuberculose foi desenvolvido e aprovado pela OMS e, segundo o diretor da “Parceria Pare a TB” Mario Raviglione, está “revolucionando” o tratamento. O teste, que antes demorava três meses para ficar pronto, agora leva por volta de 100 minutos. Ao mesmo tempo, este progresso pode estar em risco financeiro, especialmente pela dificuldade de combater os casos de resistência aos medicamentos, que encarecem muito o tratamento e necessitam de verbas extras.

“O desafio agora é construir esse compromisso, para aumentar o esforço global e prestar especial atenção à crescente ameaça das drogas resistentes aos tratamentos da TB”, disse a Diretora Geral da OMS, Margaret Chan.

Ouça a entrevista do senador Lindbergh Farias

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Leia a íntegra do relatório da OMS (texto em espanhol)

Saiba mais sobre o projeto “Parceria Pare a TB” ( texto em inglês)

Liderança do PT com informações da OMS

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