Orçamento da educação triplica em uma década

Orçamento da educação triplica em uma década

O MEC não aceita a ideia de que o reajuste dos salários de professores seja feito só pela inflação, tem que haver um aumento real.


O Brasil foi o País que mais investiu em educação nos últimos anos, mas isso não representou reconhecimento ou pagamento justo para os professores. A conclusão é do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Durante a abertura do Fórum Estadão Brasil Competitivo, nessa terça-feira (19), em São Paulo, Mercadante destacou que, na última década, o orçamento do Ministério da Educação (MEC) cresceu 205,7%, passando de R$ 33,3 bilhões em 2003 para R$ 101,86 bilhões em 2013.

O ministro fez questão de destacar que o Brasil foi o país que mais investiu nos últimos anos em educação, na instância federal, em comparação com os integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Atualmente, o investimento total do país em relação ao produto interno bruto (PIB) é de 6,1%, enquanto o investimento direto é de 5,3%.

“Apesar dessa ampliação orçamentária, a educação brasileira precisa de ainda mais recursos”, observou, acrescentando que os professores não recebem salários competitivos em relação ao mercado de trabalho.

Além de dinheiro para o setor, segundo o ministro, o Brasil precisa dar mais atenção à valorização profissional de quem ensina. Segundo afirmou, esse é o primeiro passo para melhorar o sistema educacional brasileiro. “Você precisa de bons professores na sala de aula, por isso é importante valorizar. O MEC não aceita a ideia de que o reajuste (dos salários de professores) seja feito só pela inflação, tem que haver um aumento real”, disse. No entanto, ele ponderou que muitas vezes a prefeitura e o governo chegam a um “limite financeiro” que impede uma melhor remuneração do profissional.

Mercadante também disse que é preciso rever a formação inicial do docente. “É necessário melhorar a remuneração, mas também melhorar o desempenho em sala de aula.” Ele apontou ainda que “greve prolongada na educação não valoriza o professor e nem resolve o problema da área educacional.”

Com informações do MEC

 

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