Na semana em que o PT promove um seminário para debater a educação e soberania, com a presença do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, do ex-ministro Fernando Hadad, e a participação de especialistas, reitores, professores, estudantes e lideranças ligadas ao setor, senadores denunciam o descaso e até chantagem na Comissão Mista de Orçamento durante a discussão do Orçamento para 2018. “Vai ser destruidor” sentenciou o líder dd Bancada do PT, senador Lindbergh Farias, comparando os números com os anos anteriores, durante os governos de Lula e Dilma.
Para ele, as universidades federais não vão conseguir funcionar no próximo ano, porque não haverá nenhum recurso para investimento. “Na rubrica investimento, cai a zero, nenhum real para investimento”, denuncia o líder, argumentando que tudo isso é fruto das opções do Governo Federal e da emenda constitucional do teto de gastos (Emenda 95), que congela por 20 anos as despesas com serviços públicos.
Na tribuna do Senado Federal, o líder da Bancada do PT, mostrou que o Brasil, em 13 anos de governo, saltou de 148 campis universitários para mais que o dobro, com a construção de 173, levando o ensino superior para cidades do interior, como Nova Iguaçu (RJ), onde era o prefeito. Das 140 escolas técnicas construídas nos mais de cem anos, o Brasil subiu para 570 unidades. Só os governos Lula e Dilma construíram 430 novas escolas em todo o país”, lembrou Lindbergh.
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Ainda, segundo Lindbergh, foram construídas 18 novas Universidades Federais, interiorizando a educação de ensino superior, promovendo o acesso recorde de quase 8 milhões de jovens nas universidades. “Para se ter uma ideia, o orçamento da educação que era de 16 bilhões saltou para 100 bilhões” reafirmou ele, argumentando que o orçamento proposto na CMO não deve chegar ao final de 2018, devido aos cortes gigantescos.
“Fica parecendo que há um jogo daqueles apoiadores do Governo Temer para resolverem as questões fora das paredes do Congresso” afirmou Jorge Viana. Para ele, isso é um desastre, no momento que o país enfrenta uma crise sem precedentes, fazer o tratamento de recursos públicos do jeito que está sendo feito. Segundo Viana, a CMO vem sendo chantageada por deputados que parecem não estar interessados em discutir o orçamento.
O senador Lindbergh encerrou seu discurso chamando a atenção dos parlamentares e do presidente da CMO, Dario Berger, para os números apresentados pelo governo para a educação. “É a destruição de nosso futuro” sentenciou o senador, lembrando que o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luís Davidovich, já trouxe ao Senado Federal estudos denunciando o descaso com o setor.