Os investimentos dão sinais de recuperação vigorosa em 2013

A avaliação é do secretário de Política Econômica da Fazenda, Márcio Holland, ao afirmar que o Brasil tem uma trajetória de investimentos acima da média mundial.


“Nós ficamos muitos anos fazendo
políticas para melhorar esse ambiente
econômico. A política econômica está
dando os resultados que esperávamos”

 

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou nesta terça-feira (07) Holland fez uma avaliação positiva da economia brasileira durante sua participação, na manhã desta terça-feira (07), no seminário “A Crise Econômica e o Futuro do Mundo”, promovido pela revista Carta Capital, em São Paulo. Segundo ele, os investimentos já dão sinais de recuperação vigorosa em 2013. Isso porque o Brasil atingiu hoje um patamar de solidez econômica e social. “Temos hoje sinais claros de retomada. O Brasil tem uma trajetória de investimentos acima da média mundial nos últimos dez anos, e os dados que temos até aqui mostram que eles estão se recuperando de forma vigorosa em 2013″, disse Holland.

Holland afirmou ainda que a expectativa da equipe econômica é que a inflação tenha voltado a ficar dentro do limite de tolerância da meta (até 6,5%) em abril. “Dado que no ano passado, em abril, ela [a inflação] foi 0,64%, então é esperado algum número que permitiria ir para baixo do teto da meta, que é 6,5%”. Nos 12 meses encerrados em março, a inflação alcançou 6,59%.

Ele argumentou que, em 2012, a indústria passou por um período de ajuste de estoques, que estavam altos e, agora, com estoques ajustados, o setor voltará a investir para ampliar a produção, com destaque para o aumento a produção de bens de capital. Esta estimativa é confirmada em dados da aquisição de bens de capital e em desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros indicadores. Holland apontou a existência de um cenário mais favorável aos investimentos, que alia juros baixos, desonerações e redução de carga tributária e de custos ao lado de aumento da escolaridade e de formação profissional, via programas como o Pronatec. “Há deslocamento da taxa de juros que reduz o custo dos investimentos, há uma mudança da taxa de cambio, e solidez das contas públicas”, disse.

“Nós ficamos muitos anos fazendo políticas para melhorar esse ambiente econômico. A política econômica está dando os resultados que esperávamos”. “Estamos falando de uma economia preparada, mesmo em um ambiente internacional adverso, de grande desafio. O contexto internacional não é nada simples, ele não deve ser abstraído das análises. Nesse ambiente a economia brasileira está preparada para um novo crescimento sustentável.”

Para Holland, as desonerações já começam a surtir efeito. “As desonerações já estão fazendo efeito, só ver a produção industrial. O número é bom [o crescimento de 0,7%, em março] e veio com produção alta de bens de capital”, disse. O secretário afirmou ainda que o déficit nas contas externas é resultado de efeitos “transitórios”, que vão se disseminar. “É normal do sistema econômico”, disse.

Holland afirmou que “ainda é cedo” para reavaliar o crescimento da economia neste ano. A estimativa da Fazenda, segundo ele, é de um crescimento de 3,5% em 2013. “O PIB do primeiro trimestre ainda não saiu, os dados que temos são até março e alguns de sondagem de maio, e todos mostram indicadores muito bons. A produção de caminhões e a produção de veículos vão muito bem”, enumerou.

Diante de uma das mais graves crises do capitalismo contemporâneo, o Brasil está se saindo bem, avaliou ainda o secretário. Holland disse que o resto do mundo segue otimista com o País. Ele lembrou de pesquisa da Ernst & Young, que mostra o Brasil em terceiro lugar entre os países de interesse de investidores em ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês).

Com informações da Carta Capital e do Valor online

Foto: Marcos Mendez

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