Paim alerta: ‘plano de saúde popular’ dos golpistas vai sobrecarregar o SUS

Paim alerta: ‘plano de saúde popular’ dos golpistas vai sobrecarregar o SUS

Foto: Alessandro Dantas

O governo interino tem ventilado que pretende adotar um plano de saúde popular para substituir o Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o discurso ardiloso dos golpistas, as famílias das faixas de renda mais baixas, que hoje recorrem ao serviço público de saúde, passariam a ter um serviço melhor. Nada mais enganoso. Quem hoje paga hoje pelos planos de saúde, sabe das dificuldades para marcar um exame e encontrar um médico que seja conveniado para usufruir da consulta sem custo.  O problema da ideia dos golpistas, acrescentou o senador Paulo Paim (PT-RS) em seu pronunciamento desta quarta-feira, é que o povo sabe muito bem que vai acontecer. “Vão cobrar do cidadão; [oferecer um] atendimento mínimo, mínimo, mínimo; e vão jogar o problema para o SUS resolver”, afirmou. 

O senador lembrou que milhões de brasileiros têm migrado dos planos de saúde – “que já não são grande coisa” – para o SUS. Com isso, o problema do atendimento público, na área, fica cada vez mais problemático. Imagine jogando todos os que atualmente dependem do sistema gratuito para um pago… 

“Notícias dão conta de que de três em cada dez planos de saúde não pagam nem 1% da dívida que têm com o SUS”, acrescentou Paim. 

A dívida das empresas privadas com o sistema deve-se a um problema recorrente: pacientes de planos privados acabam recebendo determinados atendimentos médicos na rede pública, quando tal serviço deveria ser prestado em instituições particulares. 

Santas Casas 

Durante o discurso ao plenário, o parlamentar ainda manifestou preocupação com a situação da saúde no País. 

“Tenho acompanhado a situação com atenção e tenho conversado com as pessoas, sejam pacientes, sejam profissionais que atuam nessa área de suma importância. O fechamento de hospitais, o cancelamento de cirurgias eletivas e a diminuição de leitos e de atendimento em pronto-socorro, infelizmente, têm-se tornado comum no Rio Grande do Sul e no Brasil”, lamentou. 

“O governo gederal e, em especial, o governo do Rio Grande do Sul, pela crise no estado, têm atrasado constantemente os repasses para os hospitais”, emendou. 

Um exemplo citado pelo parlamentar é a situação financeira da Universidade da Região da Campanha (Urcamp). A entidade decidiu fechar o hospital do município de Bagé (RS), que atende moradores de oito cidades do Estado. 

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