Na última segunda-feira, sete estados foram atingidos pela paralisação dos profissionais que protestaram contra a alta do preço do óleo diesel, das tarifas cobradas em pedágios rodoviários e dos valores do frete (tributos sobre o transporte). Algumas cidades do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul enfrentam dificuldades no abastecimento de combustível por causa da paralisação.
De acordo com o senador, as manifestações que ocorreram no início desta semana já haviam sido anunciadas pelos representantes da categoria em encontros ocorridos no Senado. Nessas ocasiões, representantes dos caminhoneiros classificaram a situação como “insustentável”. “É preciso, mais do que nunca, que o Governo Federal chame os líderes do movimento para ouvir, dialogar, conversar e apontar caminhos”, recomendou Paim.
Em aparte, o senador Jorge Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente do Senado, informou que pela manhã participou de reunião no Ministério da Justiça justamente para buscar uma solução para o caso. De acordo com ele, o ministro José Eduardo Cardozo demonstrou preocupação com a situação da categoria. Além disso, a presidenta Dilma determinou que os ministros participem ativamente para mediar uma solução.
“O problema é que, hoje, o movimento está sem líderes e isso é mais grave ainda”, disse. “Vamos ser solidários com os caminhoneiros e que, em menos de 24 horas, se volte à normalidade nas estradas brasileiras sob pena de a gente começar a ter vítimas inocentes de uma paralisação tão grave como essa”, salientou Paim.
Dentre as reivindicações da categoria, Paim informa que forma a pauta os seguintes pontos: diminuição do valor do combustível, que, segundo a categoria, representa, conforme o caso, entre 60% e 70% do valor do frete nas rodovias; a criação de uma tabela única nacional de preços do frete e, ainda, prorrogação de 12 meses no prazo dos financiamentos de quem comprou caminhão pelo BNDES.
“É preciso que se faça uma comissão de alto nível, com os representantes das associações dos caminhoneiros, dos sindicatos, das federações, das confederações, das centrais. O momento é de diálogo, é de conversa, é de entendimento”, reforçou.