Paim: “Não há justificativa para ferir o que há de mais sagrado para um povo, que é a democracia”“Hoje começa o ataque mais violento à democracia”, resumiu o senador Paulo Paim (PT-RS) sobre o momento atual. Segundo ele, da forma como foi preparado, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff não passa de um golpe.
Em pronunciamento ao plenário nesta sexta-feira (15), o parlamentar gaúcho enfatizou que, embora tenha críticas a vários pontos da política econômica do governo, não há justificativa para “ferir o que há de mais sagrado para um povo, que é a democracia”. E a democracia, para ele, se confunde com as palavras liberdade, justiça, igualdade e direitos humanos.
Ele analisou um a um os quase 60 projetos em tramitação no Congresso que ameaçam direitos dos trabalhadores e conquistas sociais dos brasileiros e também disparou contra o documento Ponte para o Futuro, apresentado pelo vice-presidente Michel Temer.
“Temos vindo a essa tribuna para alertar a sociedade sobre as inúmeras tentativas de retirada dos direitos dos trabalhadores, dos aposentados e pensionistas”, lembrou, acrescentando que entre suas maiores preocupações está a ameaça de aprovação da proposta que flexibiliza a terceirização.
Paim disse que a proposta econômica do PMDB contém “maldades embutidas” e é uma ameaça. “Há uma onda conservadora – não só me referindo precisamente ao Vice-Presidente da República – que vem da Câmara principalmente para o Senado”, alertou.
E, listando os projetos-bomba que tramitam no Congresso, ressaltou repetidas vezes que o momento atual é preocupante e toda a atenção é necessária. “Por isso lançamos, na semana passada, a Frente Parlamentar em Defesa da Previdência, que vai atuar independentemente do resultado do impeachment, e a Frente Parlamentar dos Direitos dos Trabalhadores, que vai atuar também independentemente do resultado do impeachment”, recordou.
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