Atribuido o fato a uma “coincidência”, por ter ocorrido justamente no Dia da Consciência Negra, o senador Paulo Paim (PT-RS), único parlamentar negro do Senado, denunciou, na tarde desta quarta-feira, a invasão de seu site pessoal. “Minha página ficou fora ar por mais de 12 horas, inclusive colocaram uma imagem de uma mão segurando uma foice”, disse Paim, da tribuna, acrescentando que “o problema já foi solucionado”, garantindo o acesso às suas informações, como notícias e discursos.
A invasão, no entanto, indignou o senador: “Se pensam que vão me intimidar, pressionar, me colocar contra a parede, estão muito enganados. Não vou me calar, como já disse no meu twitter”, afirmou o senador, enfatizando que não irá mudar. “As minhas raízes não secaram, continuam mais vivas do que nunca. Sempre em defesa dos direitos humanos, dos negros, dos brancos, dos pobres, dos aposentados, pensionistas e idosos, das pessoas com deficiências, das crianças, de todos os discriminados”
Não foi a primeira vez que Paulo Paim é atacado por forças reacionárias. No ano passado, ele lembrou, a Polícia Federal apreendeu material de um grupo neonazista gaúcho, que o tinha como um dos alvos.
Contra esse e outros crimes, Paim disse ainda que está tomando as devidas providências junto à Polícia Federal, ao registrar a aprovação da chamada Lei Carolina Dickman, destinada justamente para combater os crimes cibernéticos. A leio espera pela sanção da presidenta da Republica, Dilma Rousseff.
Pelo futura lei, fica configurado como crime invadir o computador, celular, tablet e qualquer outro equipamento de terceiros, conectados ou não à internet, para obter, destruir ou divulgar dados sem a autorização do dono do aparelho. As penas para o crime variam de multa a até um ano de prisão. Também serão punidos aqueles que produzirem programas de computador para permitir a invasão dos equipamentos.
