Paim destaca Dia Mundial dos Direitos da Criança

Paulo Paim: “Combater a pobreza é mais uma das tarefas essenciais para a garantia dos direitos das crianças”O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou, em pronunciamento ao plenário, nesta quinta-feira (20), o Dia Mundial dos Direitos da Criança, celebrados hoje, em alusão à aprovação pela Organização das Nações Unidas da Declaração dos Direitos da Criança, em 20 de novembro de 1959. Para o senador, apesar dos inegáveis avanços conquistados no Brasil contra o trabalho infantil e contra o trabalho escravo e a ampliação significativa do número de crianças na escola, a data ainda será celebrada com “guris e gurias brasileiros nos sinais de trânsito, fazendo arte [por um trocado] ou pedindo esmola”. Muitos, destacou Paim, vão trabalhar de sol a sol em carvoarias ou em plantações da cana-de-açúcar. “Outros passarão o dia em um orfanato”, enumerou.

Ele considera que um dos direitos mais fundamentais das crianças é ao carinho, ao cuidado amoroso. “Pobreza material não é sinônimo de pobreza afetiva: uma criança pobre pode estar mais provida do afeto e do amor em um lar pobre do que uma criança rica”, afirmou. Mas ele lembra que a pobreza, quando atinge níveis extremos, “pode destituir as pessoas daquele mínimo necessário para organizar-se em formas de convivência elevadas” e que, portanto, combater a pobreza é mais uma das tarefas essenciais para a garantia dos direitos das crianças.

Outra luta importante é o combate à violência, uma área na qual o País tem conquistado avanços, mas ainda insuficientes. “O Estatuto da Criança é um marco: tem que ser festejado, tem que ser lembrado e tem que ser aplicado”, sustenta Paim, lembrando que em 24 anos de vigência do ECA, ainda há muito o que fazer para que ele seja plenamente cumprido. Ainda no plano da legislação para combater a violência, ele cita a Lei Menino Bernardo, recentemente aprovada pelo Congresso, que coíbe os castigos violentos e o mau uso do poder familiar.

O senador também alertou para a crueldade contida na prática da alienação parental, “odiosa prática de um genitor difamar o outro para tentar afastar o filho de uma relação” e destacou que toda criança tem o direito de se relacionar plenamente com seu pai e sua mãe. Ele defendeu a aprovação, pelo Congresso, da nova legislação sobre a guarda compartilhada, em caso de separação dos pais.

Para Paim, porém, a garantia de todos esses direitos é complementar à garantia do direito à educação, “principal meio de desenvolver moral, social e intelectualmente a criança, e prepará-la para o advento da vida adulta”.

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