“Lamentei a posição da ministra Rosa Weber (do STF) porque ela já tinha dado seu voto, mas pediu revisão, quando a decisão do ministro relator era que só o Congresso nos próximos meses definisse essa questão, conforme projeto meu que está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado”, disse Paim.
Segundo o senador, outro ponto crítico que deve deixar as centrais sindicais atentas diz respeito à fiscalização do trabalho. Isso porque um outro projeto traz a sutileza de propor que o fiscal pode chegar uma vez na empresa e fazer a fiscalização – e, pasmem – “só voltar depois de dois anos. Durante os dois anos vamos ver se o trabalhador estava tomando água envenenada e se morreu. Não dá. Isso não dá”, desabafou. Paim disse que há muitos projetos “vagabundos” cujo interesse principal é ceifar pouco a pouco os direitos dos trabalhadores.
Ele citou outro exemplo, de bancários que são demitidos. Em algumas situações, as indenizações pagas não têm correção monetária e, se o trabalhador dever no cheque especial, na própria rescisão se desconta a dívida, enquanto os bancos continuam praticando juros elevadíssimos.