Paim: “queremos que aqueles que podem pagar seu plano de saúde sejam atendidos de forma qualificada e sem abusos nos valores das prestações”O senador Paulo Paim (PT-RS) criticou, nesta sexta-feira (12), em plenário, a situação dos planos de saúde, principalmente os de adesão coletiva, pelos reajustes abusivos que têm sido impostos a população.
“A saúde, tal como a economia, a educação, a infraestrutura, é um daqueles setores que a administração pública não pode falhar. Qualquer descuido, desatenção e os reflexos sobre a sociedade se mostram devastadores”, disse.
Essa situação, de acordo com o senador, acaba fazendo com que milhões de brasileiros não consigam pagar seus planos de saúde e sobrecarregando ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS). “Os valores pagos pelas pessoas estão se tornando cada vez mais proibitivos e elas desistem de seus planos de saúde após pagar pelo serviço por muitos anos”, disse.
Paim observou que os reajustes anuais autorizados pela ANS para os planos de saúde individuais têm se colocado sempre acima de outros índices associados ao poder de compra da população, como: salário mínimo e IPCA. Entre maio de 2014 e abril de 2015, o salário mínimo subiu 8,84%, o IPCA 8,17% e o reajuste dos planos de saúde individuais foi reajuste, em média, 13,55%.
Apesar da situação apresentada nos reajustes dos planos individuais, o senador chama a atenção para os planos coletivos, em que não existe uma regra de limitação dos reajustes anuais. Entre maio de 2013 e abril de 2014, frente a uma inflação de 6,28%, muitos dos planos coletivos tiveram reajuste acima de 20%.
“É impagável. Ninguém consegue mais pagar. Alguns não se contentaram e reajustaram os planos entre 30 e 40%. Em alguns casos, o reajuste ultrapassou 70%. Essa situação virou desesperadora para milhões de pais de família”, lamentou.
O senador ainda informou que pretende realizar uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH), que preside, para discutir possíveis soluções para o problema.
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