Delcídio: nós temos responsabilidade com os nossos Estados e com a naçãoApós uma semana tensa, mas produtiva, o Congresso Nacional deu uma resposta àqueles que apostavam no pior, desarmando a chamada “pauta bomba”. Na avaliação do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), tanto Legislativo quanto Executivo podem agora trabalhar mais tranquilos na busca de soluções para os desafios da economia. Em pronunciamento ao plenário, na última quinta-feira (19), ele manifestou otimismo e elogiou a seriedade com que as duas Casas do Congresso enfrentaram a extensa pauta votada ao longo das sessões de terça e quarta-feira.
“Mantivemos os vetos da presidenta Dilma às matérias da famosa pauta-bomba, que teria impactos financeiros, econômicos e de credibilidade sobre nosso País e desdobramentos incalculáveis nos Estados”, celebrou Delcídio. De todos os vetos analisados pelo Congresso, foram derrubados apenas dois, que, para o senador petista, não representam preocupação. “Não representam qualquer tipo de dificuldade ou problema para o governo”, afirmou.
Um dos vetos derrubados referia-se ao prazo de 15 dias para que os bancos transfiram para estados e municípios o dinheiro referente a depósitos judiciais e administrativos, como constava em artigo da Lei Complementar 151, que permite a estados e municípios usarem até 70% dos depósitos judiciais e administrativos como receita. O outro ao dispositivo da reforma eleitoral que determina a impressão do voto do eleitor.
“O resultado da semana foi muito favorável”, avaliou Delcídio, que cumprimentou a todos os senadores e senadoras pela postura de abertura ao diálogo. O líder do Governo também elogiou a postura do presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), pela condução democrática dos trabalhos, e à maioria dos representantes da oposição, que souberam entender o momento que o País atravessa e evitou a “disputa fratricida” que não vai levar a “absolutamente nada”.
“O desgaste, não se iludam, o desgaste é de todos, não é só o desgaste do PT e de partidos aliados, mas também o desgaste dos partidos de oposição. O risco de surgir um outsider, um aventureiro, alguém que não tem compromisso com política e com partido é muito grande. E nós temos responsabilidade com os nossos Estados e com a nação”, alertou Delcídio. O comportamento do Legislativo ao longo da semana, porém, deixou o senador satisfeito: “É assim que a gente faz política. E é assim que o Senado está avançando muito numa agenda chamada Agenda Brasil. Separando aí situações difíceis que o Congresso vive. Olhando o País, independentemente das disputas políticas”.
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