Em aparte durante sessão em que presidente do Senado teve de nomear paramentares do PSDB e do DEM para integrar a CPI da Petrobras, conforme manda o regimento, senadora lembrou que intenção da oposição nunca foi a de obter a verdade – mas provocar instabilidade durante a campanha eleitoral
| Para Gleisi, senadores do PSDB e do DEM não acataram a decisão judicial da mais alta Corte que eles mesmos lutaram para obter |
O que é real e concreto é que os senadores do PSDB e do DEM não acataram a decisão judicial da mais alta Corte que eles mesmos lutaram para obter. Provocaram a interferência do Poder Judiciário no Poder Legislativo, em nome do direito da minoria, mas abriram mão do mesmo direito, porque mudaram de ideia – o que, convenhamos, pelo barulho que provocaram no noticiário dos jornais amigos, denota um comportamento nada sério.
“Tínhamos uma posição clara em relação a uma comissão parlamentar de inquérito e a uma investigação política neste momento de ano eleitoral. Tivemos uma decisão da Justiça e indicamos os nomes. Assim como o PMDB, o PT também fez as indicações tão logo tivemos a decisão da ministra Rosa Weber”, lembrou a senadora Gleisi, observando que a comissão ainda não teve os trabalhos iniciados pelo atraso da oposição em fazer as indicações.
A senadora petista também ressaltou que o jogo da oposição de apostar numa comissão mista não faz muito sentido. Gleisi destacou que ainda aguarda um parecer uma questão de ordem, apresentada pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que pede esclarecimentos sobre a possibilidade de se instalar CPI sobre o mesmo tema de outra CPI já em andamento. Embora essa prática já tenha sido adotada em outras oportunidades no Congresso Nacional, a legislação em vigor e recentes determinações do Superior Tribunal de Justiça impedem a criação de dois grupos para averiguar a mesma questão. Nos próximos dias, a Presidência do Senado deve se manifestar sobre esse assunto.
Antes, a presidência do Senado continua com as indicações para a CPI da Petrobras em aberto. Dos três nomes escolhidos, Cyro Miranda e Lúcia Vânia, ambos do PSDB, e Wylder Morais, do DEM, apenas Cyro não se recusou à integrar a comissão, apesar de também endossar o coro dos rebeldes sem causa.
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