Ao identificar riscos à eleição presidencial do ano que vem, um grupo de intelectuais, tendo à frente o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, divulgou manifesto pedindo eleição “direta e irrestrita” em 2018. Embora não apareça no documento, disponível na internet, eles afirmam também que uma eventual exclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeria o processo.
Na última quinta-feira (5), dia em que a Constituição brasileira completa 29 anos, Bresser-Pereira, o também ex-ministro Celso Amorim e o professor Luiz Felipe de Alencastro repudiaram as tentativas de implementar um “remendo parlamentarista” ou quaisquer outras medidas que afetem a legitimidade da votação.
“Parlamentarismo no próximo ano é golpe de Estado”, afirma o economista, para quem o avanço dessa proposta está vinculado ao crescimento de Lula nas sondagens eleitorais. “Só uma eleição democrática poderá restabelecer a legitimidade do governo e, se esse governo for competente, reunificar a nação”.