CLÃ BOLSONARO

Parentes de Bolsonaro devolviam 90% dos salários, diz revista

Reportagem da Época ouviu uma pessoa próxima à família Bolsonaro que disse que os parentes nomeados nunca fizeram o trabalho de assessoria na cidade ou na Assembleia

Bolsonaro corrupção

Parentes de Bolsonaro devolviam 90% dos salários, diz revista

Imagem: Agência PT

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas ligadas ao senador Flávio Bolsonaro (PSL). Entre elas, há nove suspeitos que são parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, a segunda esposa de Jair Bolsonaro (PSL) e mãe do seu quarto filho, Jair Renan.

Ministério Público investiga um esquema criminoso de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e, segundo publicou a Revista Época, nesta quinta-feira (6), os familiares de Jair devolviam 90% dos salários recebidos no Legislativo carioca.

A publicação ouviu uma pessoa próxima à família, sob condição de anonimato, que disse que os parentes nomeados nunca fizeram o trabalho de assessoria parlamentar na cidade ou na Alerj. Ainda de acordo com a Época, a fonte disse que dois familiares admitiram que repassavam 90% dos salários, em dinheiro vivo, de volta para Flávio. A revista revelou ainda ter acesso a duas gravações com os relatos de familiares. Três dos parentes foram lotados pelo próprio Jair Bolsonaro, em seu gabinete, quando era deputado federal em Brasília.

A única tarefa que os parentes nomeados era distribuir santinhos no período de campanha pela reeleição de Flávio e Jair Bolsonaro, de quatro em quatro anos. Após a quebra do sigilo, o MP revelou que há indícios da existência de uma organização criminosa no gabinete da Alerj.

Segundo a denúncia, o esquema criminoso existe desde 2007. Para os promotores, de acordo com O Globo, “não parece crível” que Fabrício Queiroz seja o líder da organização sem o conhecimento de seus “superiores hierárquicos durante tantos anos”.

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