Foto: Lula Marques
Deputados e senadores do PT são enfáticos ao afirmar que a única saída para a crise política e econômica no qual o Brasil se encontra é a renúncia imediata do golpista Michel Temer (PMDB) e a convocação de eleições diretas.
“A única solução é a eleição direta. O povo precisa decidir o seu destino. O Brasil não vai aguentar se tiver que ter uma sucessão biônica, com o Congresso Nacional escolhendo o novo presidente”, declarou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Para a petista, a eleição indireta feita pelo Congresso vai aprofundar a crise e colocar o País em risco de outro golpe em cima da democracia.
Sua colega de partido, a deputada por Minas Gerais Margarida Salomão, destacou que a população também está desejosa de uma nova solução, “que passa, certamente, pelo voto”.
A parlamentar citou a pesquisa do instituto Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (12), apontando que 63% dos entrevistados se disseram favoráveis à renúncia de Temer ainda neste ano para a convocação de novas eleições diretas antes de 2018.
“Já mostra que o povo percebeu a esparrela em que caiu. Os patos todos, afinal de conta, éramos nós mesmos, porque as medidas que têm sido propostas para sanar as finanças brasileiras são todas às custas do povo, do desenvolvimento, da saúde, da educação, da previdência”, enfatizou.
A renúncia de Temer, na sua avaliação, seria um resquício de patriotismo por parte do peemedebista, “para que possamos convocar eleições diretas e repactuar com o povo brasileiro uma nova direção para o Brasil”.
“O melhor para o Brasil seria sua renúncia e a convocação de eleições diretas”, complementou o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).
Ele também acredita que o povo está percebendo que “entrou em uma furada”, e que o ilegítimo Temer vem perdendo, inclusive, o apoio da base parlamentar que o ajudou a dar o golpe.
“A cada dia esse governo perde a sua base de apoio e não vem respondendo aos desafios nacionais, nem do ponto de vista da economia, que está afundando, e nem do ponto de vista social, pois está retirar direitos que foram conquistados ao longo de décadas pelo povo brasileiro”, afirmou.
A senadora Gleisi acrescentou que o Congresso Nacional não deve seguir adiante nas votações de matérias de ajustes e de retirada de direitos do povo brasileiro, como a PEC 55, em pauta nesta terça-feira (13).
“O Congresso Nacional só tem condições de fazer uma discussão sobre a antecipação das eleições. A única PEC que nós temos condições de discutir é essa, de fazer eleições diretas em 2017”, disse.
Para Salomão, a continuação dessas votações é uma “demonstração de absoluta insensibilidade política”.
“O Congresso devia ter um pouco de compostura e evitar votação de medidas como essas, que as pessoas não têm autoridade política para votar”, ressaltou.
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