Dia da Consciência Negra

Parlamentares convocam luta contra racismo na sociedade

“Precisamos enfrentar o desafio de purgar o mais importante dos nossos problemas sociais, que é o racismo", disse a senadora Regina

mobilização contra racismo

Parlamentares convocam luta contra racismo na sociedade

Foto: Divulgação

“Não estamos aqui apenas para celebrar a mais importante data do movimento negro no Brasil, mas para falar sobre a luta da população negra para ser reconhecida, ser vista, ser enxergada neste País como uma população igual a qualquer outra”, disse a senadora Regina Sousa (PT-PI) em pronunciamento no plenário do Senado Federal, nesta segunda-feira, dia da Consciência Negra.

Regina comparou dados levantados por estudos feitos desde a década de 1950, pelas Nações Unidas, com outros divulgados recentemente pela CPI que investigou os assassinatos de jovens no Brasil, relatada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ).  A senadora destacou  que o racismo está encrustado nas relações sociais em geral, atuando como uma espécie de filtro social, abrindo oportunidades para uns, fechando portas para outros, “a desenhar uma sociedade extremamente desigual e injusta, cujas bases iníquas estão assentadas na clivagem racial”.

O senador Paulo Paim (PT-RS) também lamentou que após quase quatro séculos de escravidão dos negros – o que foi a base da economia do País durante os períodos colonial e imperial – ainda hoje a população afrodescendente tenha um risco 23% maior de ser assassinada e continue sub-representada na política. “Estudos do programa das Nações Unidas para o PNUD demonstram que o nível de qualidade [de vida] da população negra está ainda há décadas atrasada em relação àqueles que não são negros. Mas, como disse o apresentador de televisão, enfim, isso é ‘coisa de preto’”, afirmou Paim.

“Precisamos enfrentar o desafio de purgar o mais importante dos nossos problemas sociais, que é o racismo, questão que se relaciona fundamentalmente às sequelas provenientes de mais de três séculos de vigência do regime escravista”,  disse a senadora Regina. Ela terminou seu discurso recitando trecho de música dos compositores piauienses Cineas Santos e Feliciano Bezerra em que eles ironizam o racismo escondido em ditados populares: “Eu não sujei lá na entrada / Eu não sujei pela vida / Mas só para aborrecer / Só para ver feder / Vou sujar na saída / E eu quero ver / Quando feder / Quem vai limpar”.

Com Assessoria de Imprensa do Gabinete da Senadora Regina Sousa.

 

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