“As ameaças golpistas do 7 de Setembro deixaram Bolsonaro ainda mais isolado politicamente na sociedade“, adverte a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). A partir dessa avaliação, “os partidos de oposição se reúnem no fim do dia de hoje para debater os próximos passos da campanha do impeachment”, anunciou Gleisi em seu perfil de Twitter.
A manifestação de Bolsonaro na Avenida Paulista, na tarde de ontem, provocou a reação de diversas legendas. “Convidamos outros partidos, especialmente os que têm origem na luta pela redemocratização, para se juntar a nós nesta jornada pela Democracia e pelo Brasil”, afirmou Gleisi. Segundo ela, não se trata de aderir a atos já marcados, mas de construirmos juntos o caminho”.
2. Convidamos outros partidos, especialmente os que têm origem na luta pela redemocratização, para se juntar a nós nesta jornada pela Democracia e pelo Brasil.
Não se trata de aderir a atos já marcados, mas de construirmos juntos o caminho.— Gleisi Hoffmann (@gleisi) September 8, 2021
Em carta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e mais cinco entidades jurídicas também criticaram as declarações “criminosos e de imensa gravidade” de Bolsonaro, no 7 de Setembro. As organizações cobraram de Lira pautar um dos 136 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente da República.
Além da ABJD, assinam a carta a Associação Advogadas e Advogados Públicas para a Democracia (APD), a Associação de Juízes para a Democracia (AJD), o Coletivo por um Ministério Público Transformador (Transforma MP), o Instituto de Pesquisa e Estudos Avançados da Magistratura e do Ministério Público do Trabalho (IPEATRA) e o Coletivo Defensoras e Defensores Públicos pela Democracia.
Um “superpedido” de impeachment foi apresentado na Câmara dos Deputados em 30 de junho, reunindo todos os mais de 120 pedidos entregues anteriormente por um variado conjunto de atores políticos, entidades sociais, personalidades e representantes da sociedade civil. No “superpedido”, os autores responsabilizam Bolsonaro por diversos crimes de responsabilidade, em especial, naquele momento, no terreno da pandemia.