O senador Paulo Rocha (PT-PA) defendeu junto à Comissão de Meio Ambiente (CMA) a estruturação do Fórum de Parlamentares da Amazônia. Para o senador, e fundamental a inserção da Amazônia em uma estratégia de desenvolvimento nacional sustentável. A proposta foi discutida com os senadores Jorge Viana (PT-AC) e Valdir Raupp (PMDB-RO) e conta com o apoio do vice-presidente da comissão, senador Wellington Fagundes (PR-MT).
“Eu acho que deveríamos fortalecer a nossa força política para dialogar com o governo central. Queremos ter poder de barganha e incluir a Amazônia no processo de desenvolvimento nacional” – afirmou Rocha. O senador lembrou a criação, ainda no governo Dilma Rousseff, do Arco Norte, um projeto de logística de escoamento da produção da Região Norte, que aproveita a posição estratégica da Amazônia em relação aos mercados europeu, asiático e norte-americano.
Basa
O senador Paulo Rocha também alertou sobre a ameaça do Fundo da Amazônia de perder repasses do governo da Noruega caso o Brasil não promova um corte de 50% nas taxas de desmatamento em 2017. O fundo é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O governo norueguês já transferiu US$ 1,1 bilhão para o fundo desde sua criação, em 2008. Mas, nos últimos dois anos, o Brasil perdeu R$ 196 milhões em repasses em função do avanço do desmatamento. Rocha acredita que o fundo deveria ser administrado pelo Banco da Amazônia (Basa), “que tem a visão de fortalecer os empreendimentos de desenvolvimento sustentável na região”, e não pelo BNDES.
Essa opinião é compartilhada pelo senador Wellington Fagundes, que tinha reunião marcada com o presidente do Basa nesta terça. “O Mato Grosso também está na Amazônia Legal. Para nós, trabalhar em conjunto é fundamental para que possamos mostrar para o Brasil e o mundo as nossas especificidades. Tenho sempre dito que a Amazônia não vai ser preservada com isolamento e que os amazônidas precisam de condições para a sua sobrevivência e o desenvolvimento da região” – declarou o senador.