A população negra, em especial a juventude da periferia, está sob intenso e agressivo ataque do atual governo. A afirmação do senador Paulo Rocha (PT-PA), feita nesta quinta-feira (13) no plenário, refere-se à ação da gestão Bolsonaro que pretende armar os ricos ao invés de garantir de proteção aos negros, maiores vítimas da violência no Brasil.
“Ao invés de discutir políticas públicas para garantir a vida da população negra, o pacote anticrime de Moro está armando a parcela mais rica da sociedade”, disse o parlamentar.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população negra corresponde a 53,92% da população brasileira, mas não conta com a atenção correspondente por parte do Estado. Para Paulo Rocha, ao contrário, as propostas apresentadas pelo atual governo, por exemplo, apenas potencializam a prática do ódio e aprofundam o genocídio contra a população negra.
“As comunidades quilombolas, incluindo as comunidades pesqueiras, sofrem cotidianamente com o preconceito, hoje estimulado pelo mau exemplo dos governantes. No caso, o preconceito e a violência já se traduzem em ameaças de morte e, mesmo, assassinatos de lideranças dos trabalhadores”, disse o senador.
Uma das principais críticas do movimento negro é ao pacote anticrime apresentado pelo Ministro da Justiça, Sérgio Moro. Representantes de cinquenta entidades e organizações trataram do tema em encontro na Liderança do PT no Senado com Paulo Rocha. Após a reunião, eles foram ao encontro do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) para entregar uma carta reprovando o pacote e pedindo a rejeição da proposta.