Bolsonaro cortou pelo quarto ano consecutivo o crédito para a agricultura familiar. A atitude mostra o descaso do atual governo com aqueles que são responsáveis pela produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Ao contrário de investir mais no setor para aumentar a produção e promover a redução dos preços dos alimentos, o atual governo prefere enfraquecer de maneira perversa os agricultores familiares.
Essa semana, o governo anunciou o fim das linhas de crédito do Plano Safra, que tinham juros de 3% para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Custeio), mais baixos do que a Selic, taxa básica de juros que está na casa dos 11,75%. Como desculpa para suspender as contratações, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alegou que a falta de orçamento e que os recursos previstos para subvenção do Pronaf eram insuficientes.
Esta falta de investimento no setor só demonstra a irresponsabilidade deste governo porque tal medida não atinge apenas nós, agricultores familiares, mas sim toda a população”, afirma Elisângela Araújo, secretária Agrária Nacional do PT
A secretária Agrária Nacional do PT, Elisângela Araújo, que também é agricultora familiar, considera os cortes dos investimentos em um setor tão crucial pelo governo Bolsonaro uma ação irresponsável e negacionista.
“Mais um ano sem nenhum investimento na agricultura familiar do Brasil, um setor tão importante, que tirou o país do mapa da fome e que é capaz de garantir a segurança e a soberania alimentar de nossa população. Isso só demonstra o descaso, a discriminação e o negacionismo que este governo tem com o segmento que hoje garante 70% dos alimentos que são consumidos pela população brasileira. Esta falta de investimento no setor só demonstra a irresponsabilidade deste governo porque tal medida não atinge apenas nós, agricultores familiares, mas sim toda a população”, afirma Elisângela.