O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, determinou a exoneração de 320 trabalhadores com cargos comissionados, por conta de um processo que o ministro batizou de “despetização” – em referência a funcionários que entraram no governo durante as gestões do Partido dos Trabalhadores (PT) e seriam afim à legenda. No anúncio das desonerações, na semana passada, Lorenzoni disse que o objetivo era tirar do governo quem é “antagônico ao projeto”.
A postura causou estranheza no primeiro escalão do governo Bolsonaro e gerou desgaste na relação entre os ministérios. Nesta terça-feira (8), o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, responsável pela área de comunicação do governo, que tem entre suas atribuições a administração da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), discordou das exonerações por questões ideológicas. No entanto, ele também considera que os militantes de oposição deveriam sair voluntariamente dos cargos de confiança.