“O governo do Acre está muito atento à política de piscicultura”, afirmou Diniz, lembrando que a FAO, órgão das Nações Unidas que trata da agricultura e produção de alimentos, projeta que, em 10 anos, a produção mundial de pescado deverá dobrar. “Há uma grande expectativa de que o Brasil seja um dos grandes atores nesse mercado e o Acre está muito antenado a essa agenda da necessidade de produção de alimentos para a humanidade”, sublinhou Aníbal.
O complexo de piscicultura do Acre já conta com 5 mil tanques para a criação de peixes, sempre com a participação do governo estadual, o que representa uma lâmina d’água superior ao equivalente a 2 mil hectare. “Essa produção de açudes é absolutamente sustentável. Não agride o meio ambiente e, ao mesmo tempo, dá uma oportunidade de renda e de melhoria alimentar para todas as famílias, principalmente as famílias da agricultura familiar que participam do programa”, disse o senador.
Aníbal elogiou o programa de piscicultura acriano, especialmente por contemplar em sua concepção todas as dimensões do processo produtivo. “Começa na produção do alevino, diminuindo o custo para o produtor, que pode comprar exemplares de qualidade a bons preços”, afirmou. A entrega da fábrica de ração, no último fim de semana, vem fortalecer ainda mais esse processo, pois até o presente os produtores vinham comprando a ração para os peixes em São Paulo, com alto custo causado pelo transporte do material. “Poder comprar a ração lá mesmo no Acre vai facilitar muito a vida dos pequenos produtores, pois hoje eles estão importando essa ração de São Paulo. Às vezes, ela vai a Porto Velho e depois tem de ir a Manaus, para chegar a Cruzeiro do Sul. Demora, às vezes, 70 dias para chegar essa ração”.
Em breve, o Acre também contará com uma indústria de filetagem, última etapa da cadeia e que vem assegurar a viabilidade econômica da atividade. O frigorífico para o processamento do pescado vai facilitar a exportação da produção acriana, lembra Aníbal, fortalecendo as alternativas de trabalho para as famílias que se dedicam à agricultura no estado. “Esse projeto da piscicultura do Estado do Acre é exemplar”, avalia o senador, indicando a expectativa de que a produção de pescado local cresça das atuais quatro mil toneladas anuais para mais de 20 toneladas/ano. “Tenho certeza de que essa indústria da piscicultura vai contribuir muito para melhorar a vida dos agricultores familiares do estado do Acre que aderirem a essa atividade econômica. Os ganhos virão tanto na geração de renda quanto na melhoria da qualidade alimentar das famílias que têm no peixe uma proteína de boa qualidade”.