O Ministério da Saúde vai investir R$ 15 milhões em terapia celular em
O anúncio, realizado pelo ministro da Saúde, foi comemorado pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA). “A Bahia é uma referência mundial nas pesquisas em terapia celular e no uso terapêutico. As linhas de pesquisa avançam em áreas importantes, propondo tratamento para doenças cardiovasculares, hepáticas, neurológicas, renais, além de diabetes. Esta é uma área de fronteira da ciência e precisa avançar com o apoio do governo, que pretende incorporar procedimentos terapêuticos no atendimento pelo Sistema Único de Saúde”, informou Pinheiro.
Atualmente, grande parte dos insumos utilizados nas pesquisas em terapia celular realizadas no Brasil são importados. Os outros R$ 7 milhões serão aplicados em editais de pesquisa abertos ainda este ano. “O objetivo é incentivar a independência tecnológica do País e proporcionar autonomia produtiva e know how numa das áreas mais inovadoras da saúde”, explicou o ministro Alexandre Padilha.
A terapia celular ainda não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina brasileiro, o uso em pacientes só é permitido no âmbito das pesquisas clínicas. A exceção é o uso das células-tronco derivadas da medula óssea humana, que já vêm sendo empregadas com sucesso no tratamento de pacientes com hematológicas, como leucemias e anemias.
Centros – Os oito Centros de Tecnologia Celular estão localizados em sete municípios do país: três na Universidade de São Paulo na capital paulista (USP-SP), um na USP-Ribeirão, um na Universidade do Rio Grande do Sul, um na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-Paraná), em Curitiba, um no Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro e um no Hospital São Rafael, em Salvador (BA).
Três deles já estão em atividade – o de Curitiba, o de Salvador e o de Ribeirão Preto –, com recursos do Ministério da Saúde. Os outros cinco estão em fase de construção. A USP Ribeirão Preto está desenvolvendo pesquisas na área de diabetes.
Rede Nacional
Os centros começaram a ser criados em 2008, quando o Ministério da Saúde criou, em parceria com Finep, BNDES e CNPq, a Rede Nacional de Terapia Celular, constituída por 52 grupos de pesquisadores envolvidos em estudos principalmente de tratamento de doenças autoimunes, como diabetes, esclerose múltipla e traumatismo de medula.
Com informações do Ministério da Saúde