Dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) consolidados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram conquistas e avanços do trabalhador brasileiro entre 2003 e 2012. O estudo foi elaborado especialmente para homenagear o 1º de Maio.
No período, a parcela de empregados com carteira de trabalho no setor privado com 11 anos ou mais de estudo aumentou 15,2 %, passando de 53,5% para 68,7%, refletindo o aumento da escolaridade da população ocupada em geral.
Entre os empregados com carteira no setor privado que não completaram o ensino fundamental (sem instrução ou com menos de 8 anos de estudo), houve redução da participação, de 26,8% em 2003 para 15,3% em 2012.
Outro item mostra o avanço da participação de mulheres, pretos e pardos dentre os trabalhadores com carteira assinada. Em 2003, dos ocupados de cor branca, 41,2% tinham carteira assinada, ao passo que, entre os ocupados de cor preta ou parda, essa proporção era de 37,7% – diferença de 3,5 pontos percentuais. Já em 2012, essa diferença passou a ser de 0,2 ponto percentual (49,4% para brancos e 49,2% para pretos ou pardos 49,2%).
Houve também um expressivo crescimento da participação da mulher no setor privado, pois, enquanto na população ocupada a participação feminina aumentou 2,6 pontos percentuais (de 43,0% em 2003 para 45,6% 2012), a população ocupada feminina com carteira de trabalho assinada no setor privado cresceu 9,8 pontos percentuais (de 34,7% em 2003 para 44,5% em 2012).
Renda – Outro dado aponta que o rendimento médio real habitualmente recebido pela população ocupada com carteira assinada no setor privado cresceu 14,7% de
Cabe ressaltar que, entre 2003 e 2005, o rendimento real dos empregados com carteira no setor privado ultrapassava o da população ocupada. A partir de 2006, essa relação se inverteu, com o valor do rendimento da população ocupada superando o dos empregados com carteira no setor privado.
O elevado percentual de aumento do rendimento da população ocupada total foi, fundamentalmente, impulsionado pelo crescimento do rendimento dos trabalhadores por conta própria e dos empregados sem carteira no setor privado que, de
Celetistas – Em 2012, 84,8% dos empregados encontravam-se no setor privado. Destes, 82,4% possuíam carteira de trabalho assinada. Em 2003, o percentual desses empregados com carteira era de 71,9%, atingindo, portanto, crescimento de 10,5 pontos percentuais ao longo de dez anos.
Analisando o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado no universo da população ocupada total (constituída por empregados, empregadores, trabalhadores por conta própria, militares ou funcionários públicos estatutários), de
Diante dessa evolução, os trabalhadores com carteira no setor privado representavam, em 2012, quase a metade dos ocupados (49,2%), enquanto em 2003 essa proporção era de 39,7%.
Em relação aos trabalhadores domésticos, a proporção de pessoas com carteira assinada passou de 35,3% (494 mil pessoas) em 2003 para 39,3% em 2012 (599 mil pessoas), representando um aumento de 21,2% (105 mil pessoas) no número de trabalhadores domésticos com carteira.
No entanto, a participação dos trabalhadores domésticos no total das pessoas ocupadas, 6,6% (1,5 milhão de pessoas), apresentou queda frente a 2011 (1,6 milhão de pessoas), quando havia sido de 6,9%. Em
Construção e comércio – Em relação aos grupamentos de atividade em 2012, observou-se que a indústria e os serviços prestados às empresas eram os que tinham os maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada dentre seus empregados: 69,7% e 70,4%, respectivamente.
No comércio, essa proporção era de 53% e, na construção, os empregados com carteira respondiam por 40,8%. Construção e comércio, que em 2003 registraram percentuais de 25,5% e 39,7% respectivamente, foram as atividades que mais expandiram a participação de empregados com carteira assinada até 2012: 15,4 e 13,3 pontos percentuais, nessa ordem.
Informações do Portal Planalto com informações do IBGE
Imagem: reprodução do quadro Operários, de Tarsila do Amaral