Senadora Ana Rita chamava atenção para a questão durante as discussões do PLC 180/08.
Estudos realizados pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e pela Universidade de Campinas (Unicamp) mostraram que o desempenho médio dos alunos que entraram na faculdade graças ao sistema de cotas é superior ao resultado alcançado pelos demais estudantes.
O primeiro levantamento sobre o tema, feito na Uerj em 2003, indicou que 49% dos cotistas foram aprovados em todas as disciplinas no primeiro semestre do ano, contra 47% dos estudantes que ingressaram pelo sistema regular. No início de
No final de 2011, durante as discussões do Projeto de Lei da Câmara (PLC 180/08), recentemente aprovado pelo Senado, a senadora Ana Rita (PT-ES), relatora da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), já destacava o dado, rebatendo as críticas de membros da oposição que se manifestavam contrariamente a matéria.
“Sabemos que uma parcela significativa de alunos negros, tem o acesso dificultado à universidade por uma série de fatores. E, quando o sistema de cotas é aprovado, os alunos cotistas valorizam muito esse espaço, demonstrando um grande interesse pela escola. O aluno que tem entrado na universidade através das cotas, tem mostrado um grande desempenho, porque eles se esforçam mais, se dedicam mais. Porque a entrada na universidade foi resultado de um grande esforço”, disse a senadora, em entrevista ao PT no Senado.
A Unicamp, ao avaliar o desempenho dos alunos no ano de 2005, constatou que a média dos cotistas foi melhor que a dos demais colegas em 31 dos 56 cursos oferecidos pela instituição. Entre os cursos que os cotistas se destacaram estava o de Medicina, um dos mais concorridos – a média dos que vieram de escola pública ficou em 7,9; a dos demais foi de 7,6.
A mesma comparação, feita um ano depois, aumentou a vantagem: os egressos de escolas públicas tiveram média melhor em 34 cursos.
Com informações de agências online
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