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Petistas manifestam apoio à luta de Lula contra o genocídio em Gaza

As palavras do presidente Lula sobre o extermínio da população de Gaza foram claramente dirigidas ao governo de extrema direita de Israel, e não aos judeus, argumentaram os parlamentares

Unicef

Petistas manifestam apoio à luta de Lula contra o genocídio em Gaza

Massacre: crianças, adolescentes e famílias estão em situação catastrófica em Gaza

Parlamentares do PT manifestaram apoio incondicional às críticas feitas pelo presidente Lula ao governo de extrema direita comandado por Benjamin Netanyahu, por conta dos ataques bélicos de Israel à Faixa de Gaza. Em entrevista coletiva após reunião de cúpula da União Africana, em Adis Abeba (Etiópia), Lula condenou os ataques do Hamas contra civis israelenses. E disse também que a reação de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio” contra o povo palestino comparado à ação de Hitler quando “resolveu matar os judeus”. Pelo X (antigo Twitter), petistas lembraram que a crítica de Lula foi dirigida apenas ao governo israelense e jamais poderia ser classificada como “antissemita”.

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), ressaltou que a crítica de Lula ao governo Netanyahu acontece em meio ao bombardeio incessante de Israel contra cidades e a população da Faixa de Gaza. Estimativas apontam que mais de 28 mil civis, incluindo mulheres, crianças e idosos, já morreram desde a ofensiva das Forças Armadas Israelenses após o ataque do Hamas. Em outubro, centenas de soldados do Hamas atravessaram a fronteira de Israel provocando a morte de mais de 1.200 pessoas e sequestrando cerca 253 pessoas.

Massacre

A presidenta do PT criticou ainda o primeiro ministro Netanyahu por tentar se eximir de sua culpa no massacre do povo da Faixa de Gaza dizendo que a fala de Lula, “ultrapassou a linha vermelha”, por conta da comparação ao que ocorreu no holocausto.

“O governo de extrema direita de Israel está levando o país ao isolamento internacional e tem recebido a repulsa da civilização. Deveriam se envergonhar de seus crimes contra a humanidade. Parem com o massacre! Sentem-se à mesa para construir a paz, respeitando o direito de todos os povos à soberania e à justiça”, escreveu.

Nesta segunda-feira (19), Gleisi voltou ao assunto. “A resposta de Netanyahu ao presidente Lula confirma a truculência do chefe de um governo de extrema-direita que está levando seu país ao desastre e ao repúdio da comunidade internacional”, destacou.

“As palavras do presidente Lula sobre o extermínio da população de Gaza foram claramente dirigidas ao governo de extrema direita de Israel, e não aos judeus, ao povo israelense, como tenta manipular Netanyahu. Nada é tão cruel quanto o que vem sofrendo o povo palestino, vítima de uma política de extermínio orientada pelo preconceito e pelo ódio”, disse.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) também utilizou as redes sociais para destacar a situação de calamidade enfrentada pela população palestina na Faixa de Gaza decorrente dos sucessivos ataques promovidos pelo governo de Benjamin Netanyahu.

Fake News

Pelo X (antigo Twitter), o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, criticou ainda uma fake news disseminada pelo ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, sobre as reprimendas de Lula aos ataques contra a Faixa de Gaza. Gallant acusou o presidente de apoiar o Hamas por conta da comparação do atual genocídio contra os palestinos ao que ocorreu durante o holocausto.

“O ministro da defesa de Israel divulga uma fake news. O Brasil sempre, desde 7 de outubro, condenou os ataques terroristas do Hamas em todos os fóruns. Nossa solidariedade é com a população civil de Gaza, que está sofrendo por atos que não cometeram”, ressaltou.

O ministro lembrou que, desde o início da ofensiva israelense, “são mais de 10 mil crianças mortas em Gaza”. “O número de mortos em Gaza está próximo de 30 mil pessoas e, 70% destas mortes, são de mulheres. Ainda existem cerca de 10 mil pessoas desaparecidas sob os escombros. Em torno de 1,7 milhão de Palestinos não têm acesso à água potável, comidas e remédios. A comunidade internacional não pode calar diante do massacre de um povo que não pode sofrer um extermínio pelos crimes cometidos por um grupo que deve ser punido pelo que fez. As palavras do presidente Lula sempre foram pela paz e para fortalecer o sentimento de solidariedade entre os povos!”, destacou.

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