O crime teria sido motivado, segundo as autoridades francesas, pela publicação de caricaturas de líderes muçulmanos e do profeta Maomé. Em 2011, a redação do jornal já havia sido alvo de um incêndio criminoso após ter publicado uma série de caricaturas.
Ao comentar o episódio, o senador Delcídio lembrou que, justamente no dia em que se comemora a liberdade religiosa, um crime é cometido em “nome da fé”. “Ironia? No dia em que se comemora a Liberdade de Cultos, a França sofre abominável ataque terrorista com motivação religiosa. Lamentável!!!”, escreveu o senador nas redes sociais. Logo em seguida, ele postou uma das charges feitas por cartunistas do mundo todo em solidariedade aos colegas. No desenho, aparecem régua, lápis, borracha e outras matérias de trabalho dos chargistas em formato de metralhadora, com os dizeres: “Tomem as armas companheiros”.
Marta também recorreu às redes para lamentar o que ela considerou uma violação da liberdade de imprensa. “Compartilho da dor e presto solidariedade aos franceses e ao Presidente Hollande nesse momento em que, de modo tão violento, vemos ser golpeada a liberdade de imprensa; vidas ceifadas. É profundamente triste!”, publicou.
Posição presidencial
Em nota oficial, a presidenta Dilma Rousseff também afirmou que é inaceitável o ataque à liberdade de imprensa, um valor fundamental das sociedades democráticas. “Foi com profundo pesar e indignação que tomei conhecimento do sangrento e intolerável atentado terrorista contra a sede da revista “Charlie Hebdo”, em Paris. Esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas – a liberdade de imprensa”, diz o comunicado.
“Nesse momento de dor e sofrimento, desejo estender aos familiares das vítimas minhas condolências. Quero expressar, igualmente ao Presidente Hollande e ao povo francês, a solidariedade de meu governo e da nação brasileira”, concluiu a presidenta.
O ataque
De acordo com a polícia francesa, três homens entraram na sede do jornal portando metralhadoras AK-47, por volta das 10h da manhã, fizeram disparos e depois fugiram em um carro dirigido por uma quarta pessoa.
Foram mortos os cartunistas conhecidos mundialmemte como Charb, Cabu, Wolinski e Tgnous. Há relatos de que os atiradores estavam chamando as vítimas pelos nomes, o que reforça a tese de um ataque planejado com antecedência.
Com informações de agências