Um grupo de deputados integrado por Erika Kokay (PT-DF), Jorge Solla (PT-BA) e Luiza Erundina (PSOL-SP) tentou impedir, na tarde da última quarta-feira (8), que parlamentares da bancada evangélica usassem uma proposta que amplia a licença-maternidade para proibir, por tabela, todas as formas de aborto já previstas em lei, no Brasil. Depois de manobras a comissão, mesmo com a resistência dos deputados progressistas, aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 181).
A matéria tinha um objetivo aparentemente nobre: ampliar de 120 para 240 dias o tempo de licença-maternidade quando o bebê nasce prematuro. Dados da comissão especial indicam que 12% dos nascimentos registrados hoje são prematuros e demandam tempo de internação similar ao que é proposto.