Como se não bastasse ter acabado com o Ministério da Cultura, além de propagar mentiras sobre a Lei Rouanet e atacar todo e qualquer artista que se posicione contra a sua postura autoritária, Jair Bolsonaro agora começa a também influenciar nas decisões de patrocínios da Petrobras, empresa com trajetória consolidada no financiamento de importantes eventos culturais e de projetos que consagrados em áreas como dança, teatro e cinema.
De acordo com reportagem publicada no Estadão, as mudanças na política cultural e de publicidade da estatal atendem às promessas feitas pelo então candidato do PSL durante a campanha de “acabar com os gastos desnecessários” com cultura e a empresa já avalia o rompimento de contratos como o das companhias de teatro Galpão e Poeira, de Minas Gerais, além da Companhia de Dança Deborah Colker, do Festival de Cinema do Rio entre muitos outros projetos importantes no calendário nacional.
A notícia foi tratada com grande preocupação por executivos da área de comunicação, que interpretaram a medida como “interferência política e ideológica”. A queixa também acontece pela falta de critério para definir os novos beneficiados. A petroleira patrocinou mais de 4 mil projetos culturais desde 2003, quando foi criado o Programa Petrobras Cultural, que passou a ser a maior seleção pública do tipo no País.