A Polícia Federal em Curitiba prendeu, nesta quinta-feira (22/03) os responsáveis pelas postagens criminosas encontradas no site silviokoerich.org. A PF divulgou apenas as iniciais dos acusados: E.E.R. e M.V.S.M., moradores de Curitiba e Brasília, respectivamente.
O site, que fazia apologia à violência contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além de incitar o abuso sexual de menores, foi alvo de 69.729 denúncias de internautas, o que desencadeou a investigação da PF, batizada de “Operação Intolerância”.
Os criminosos chamaram a atenção divulgando nas redes sociais “receitas de estupro punitivo” contra mulheres e apoiando massacre de crianças praticado por um atirador em uma escola na cidade do Rio de Janeiro, em 2011.
O nome “Sílvio Koerich” foi apropriado indevidamente por E.E.R., em represália a uma terceira pessoa, que rejeitou as declarações preconceituosas, homofóbicas e intolerantes postadas em um fórum de debates feminista.
Além dos mandados de prisão preventiva, a Justiça Federal autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalho dos criminosos.
Os presos responderão pelos crimes de incitação/indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social (Lei 7716/89); incitação à prática de crime (art. 286 do Código Penal) e publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente (Lei 8069/90-ECA).
Segundo a Polícia Federal, a “Intolerância” a que se refere o nome da operação não trata da postura criminosa dos presos, mas da “intolerância da sociedade brasileira para com tais condutas”.
Com informações da assessoria da PF no Paraná