PIB agropecuário deve crescer entre 3,5% e 4% em 2013

O cenário de crise mundial e os baixos resultados do agronegócio brasileiro este ano ainda não comprometeram o otimismo do setor em relação ao ano que vem. Pelas estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgadas nesta quarta-feira (11), em Brasília, o Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário deve crescer entre 3,5% e 4% em 2013.

A projeção, segundo técnicos do órgão, foi calculada a partir da expectativa do mercado interno e mundial. Os especialistas acreditam que, em 2013, os produtores rurais brasileiros vão colher até 180,1 milhões de toneladas. Segundo a CNA, o volume é suficiente para abastecer o mercado interno, que, pelas projeções da entidade, deve manter o patamar deste ano, e atender à expectativa de uma demanda mundial crescente.

Na avaliação da CNA, apesar de toda a crise financeira internacional, há um otimismo em relação à Ásia, em especial pelo crescimento da renda na China, principalmente. Diante da expectativa do novo governo chinês adotar medidas para ampliar a classe média naquele país – estima-se que 500 milhões de chineses subirão de patamar econômico – e, pela projeção de dobrar a renda per capita da população até 2020, há uma prioridade para os investimentos em consumo. Além dessa expectativa de aumento da demanda por alimentos, impulsionada pelos asiáticos, o ano marcado por significativas perdas agrícolas nas principais regiões produtoras do mundo, que sofreram, principalmente, com problemas climáticos, pode ser uma sinalização de bons resultados em 2013, pelo menos, para o agronegócio brasileiro.

Pelas contas da CNA, o Valor Bruto da Produção (VBP), que considera o faturamento obtido com a venda dos 25 principais produtos do setor, pode atingir a marca dos R$ 382,8 bilhões em 2013. A projeção foi calculada a partir das estimativas de supersafras de grãos e fibras, com destaque para a soja, milho e outras cadeias que estão retomando o crescimento e pelas mudanças nos preços das commodities impulsionados pelos prejuízos mundiais do setor.

Com as perdas que fizeram com que os produtores americanos registrassem queda de mais de 10% na produção de soja e milho, por exemplo, o cenário de menor oferta fez com que os preços subissem, compensando, no mercado nacional, parte das perdas. A soja, por exemplo, ficou  38% mais cara em relação ao ano anterior. O trigo teve alta de mais de 10%. O valor do milho ainda não foi recuperado no mercado mundial.

Informações da Agência Brasil

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