Pimentel comemora sanção da lei que atualiza Simples Nacional

Pimentel: “As barreiras que tínhamos, ligadas às atividades de profissionais liberais, foram excluídas”Ainda na forma de projeto, as mudanças foram aprovadas por unanimidade tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. “Com a Lei 147 a previsão é de que vamos ter mais cinco milhões de empresas formalizadas nos próximos cinco anos. Nossa meta é, a cada ano, ter no mínimo um milhão de empresas formais no Brasil”, disse o líder em discurso na tribuna do Senado na tarde desta quinta-feira (7).

Pimentel comemora sanção da lei que atualiza Simples Nacional

Pimentel contou que existem atualmente no Brasil 9,027 milhões de micro e pequenas empresas e empreendedores individuais formalizados. Em 2006, quando o Parlamento aprovou o Simples Nacional, existiam apenas 1,337 milhão de micro e pequenas empresas formais, observou.

Profissionais liberais

Segundo o parlamentar, o grande mérito da Lei Complementar nº 147/2014 foi acabar com as limitações e exigências para a formalização, tanto é que a atualização da lei estendeu a todos os profissionais liberais a possibilidade de se tornar empreendedor individual. Outro ponto positivo da lei é que a partir de agora o critério de acesso ao Simples passa a ser exclusivamente pelo faturamento da empresa. “As barreiras que tínhamos, ligadas às atividades de profissionais liberais, foram excluídas”, disse.

De acordo com o senador, as empresas do Simples Nacional são responsáveis por 62% de todos os empregos com carteira assinada no Brasil. “As empresas que optam pelo lucro presumido e do lucro real, de portes maiores, têm 38% dos trabalhadores com carteira assinada”, destacou. A participação no Produto Interno Bruto (PIB) das micro e pequenas empresas corresponde hoje a 27% de toda a riqueza produzida. Em 2006, quando o Simples Nacional foi aprovado, essa participação era de 20%, o que demonstra a pujança desse segmento.

A lei 147 tende a elevar essa participação a 50% do PIB, consolidando, assim, a nova classe média brasileira que descentralizará a riqueza, segundo o parlamentar. “Um país que tem o seu PIB concentrado em pouquíssimas empresas tem um alto risco, porque quando essa empresa deixa de funcionar por algum motivo, ou migra para outro país, naturalmente o PIB, sua riqueza e seu mercado acabam fragilizados. Portanto, precisamos ter clareza de que o que nós estamos construindo com o Simples é um sistema em que a riqueza nacional esteja mais bem distribuída e, ao mesmo tempo, traga segurança para o País”, enfatizou.

Pimentel recordou que chegou ao Congresso Nacional em fevereiro de 1995 para exercer seu primeiro mandato de deputado federal. Nos anos seguintes teve a oportunidade de vivenciar a regulamentação, atualização e a própria construção do Simples Nacional. “Nós estamos criando todo o processo para que os profissionais liberais possam vir para o Simples”, disse.

Se os 950 mil advogados existentes hoje no Brasil quiserem aderir ao Simples Nacional vão notar que realmente é mais fácil abrir uma empresa ou se transformar em empreendedor individual, já que o pagamento de oito tributos, seis federais, o ICMS estadual e o ISS municipal passam a ser feitos numa única guia. Outro benefício é que há uma diminuição expressiva da carga tributária.

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