Senador manifestou, em plenário, preocupação com motivação eleitoreira de denúncias
Pimentel lembra que senador da oposição |
Uma investigação profunda sobre projetos onde há recursos públicos envolvidos, em vez de fazer uma investigação apenas com objetivos eleitorais. Esse é o objetivo do pedido para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que faça uma apuração ampla de denúncias, conforme defendeu hoje, em plenário, o líder do Governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).
A ideia é investigar, além da aquisição de Pasadena, as plataformas, os indícios de propina pela SBM Offshore e superfaturamento de refinarias, as denúncias de desvio em obras no Porto de Suape (PE) relacionadas à refinaria Abreu e Lima (PE) e as denúncias em torno dos contratos de aquisição de trens e equipamentos, em linha com o acordo de leniência apresentado pela empresa Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade).
“Quando perguntaram ao senador e pré-candidato tucano à presidência por que ele não defendia uma profunda investigação sobre a questão do metrô de São Paulo, ele respondeu que não podia fazer nada porque não era deputado estadual e havia uma investigação em curso no estado de São Paulo. Pois bem, agora ele tem a oportunidade”, cutucou Pimentel, que defendeu a investigação sobre irregularidades de maneira que não escorregue para o oportunismo eleitoral.
O líder lembrou que, há quatro anos, outra CPI, também instalada em período pré-eleitoral, se propôs a investigar irregularidades na Petrobrás. “Pasadena foi investigada naquela época”, disse. Pimentel recordou que um dos artífices da investigação de 2010 foi o então senador por Pernambuco e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge, na época filiado ao PFL, hoje DEM. “As conclusões da CPI estão sob a responsabilidade dele”, observou.
Pimentel disse que não há sentido em investigar o que já foi apurado pelo Congresso e encaminhado para os órgãos competentes. “Mas, se a ideia é promover uma nova investigação, que ela seja ampla e cumpra lacunas”, concluiu.
Giselle Chassot
Leia mais:
Decisão de abertura de CPI da Petrobras é adiada para esta quarta-feira