Pimentel enfatiza necessidade do diálogo para destravar reforma política

Pimentel: fim do financiamento empresarial para campanhas eleitorais é urgente“Diálogo, diálogo, diálogo”, essa palavra, repetida três vezes, é, segundo o senador José Pimentel (PT-CE), a essência das primeiras declarações da presidenta Dilma Rousseff depois da noite do último domingo (5), quando as urnas aprovaram sua reeleição.

Para a abertura de conversações com todos os segmentos da sociedade, Pimentel, que também é líder do governo no Congresso, defende como a abertura do diálogo com dois interlocutores fundamentais – o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). “Temos de conversar muito com os líderes partidários, com cada um dos senadores e deputados”, diz o senador pelo PT do Ceará, classificando como “fundamental” a interlocução com os presidentes das duas casas do Congresso, pois são eles, entre outras funções, que estabelecem a pauta de debates e votações.

Em todos as discussões sobre a reforma política que vem sendo demandada pela população desde as manifestações de junho do ano passado, defende o senador, a bancada do PT deve atuar com “humildade” e “determinação”, valores que, segundo ele, devem ser priorizados “para destravar a discussão”. “Temos de solucionar de vez essa questão, que hoje impede a consolidação da nossa democracia”, diz ele ainda, acrescentando que, da parte do PT, deverá haver esforço para “envolver toda a sociedade”. “Uma das ações concretas que precisamos fazer”, continua, “é realizar debates em nossos estados e municípios, levando sempre em consideração que há diversas formas de se concretizar a reforma que a sociedade tanto pede, e que nenhuma delas é excludente”.

O senador também se alinha aos parlamentares que veem na reforma política “a mãe de todas as reformas” e defende como prioritária a proibição do financiamento empresarial às campanhas eleitorais. “Esse ponto está na base dos recentes escândalos de corrupção no País”, diz Pimentel, acrescentando que “não podemos mais continuar com essa ameaça”. “A garantia da transparência do processo eleitoral”, diz ainda, “tem a mesma importância no compromisso que os brasileiros reafirmaram com o crescimento econômico, com a geração de empregos e com a inclusão social ao reeleger a presidenta Dilma Rousseff”.

Para a segunda metade de seu mandato como senador, Pimentel tem várias prioridades. A primeira delas é “trabalhar fortemente” para que a reforma política passe pela consulta popular. O senador aponta: “É bom lembrar que os movimentos sociais realizaram uma grande mobilização nacional, que culminou com a entrega à presidenta Dilma Rousseff de um abaixo-assinado, contendo quase oito milhões de assinaturas a favor do plebiscito sobre a reforma política. Acho importante que esse debate seja feito também com esse movimento”.

To top