O jornalista Luciano Martins Costa assina o artigo “Reportagem revela uma história escabrosa”, publicado nesta segunda-feira no Observatório da Imprensa, comentando o tema de capa da revista de capa da revista Carta Capital desta semana – “Pinheirinho, as razões da tragédia”.
O texto de Luciano Martins Costa elogia a revista por ter feito o “óbvio”, aquilo que se espera de qualquer veículo de imprensa: reportagem. E, com o levantamento de informações, Carta Capital comprova que toda a ação da Justiça de São Paulo e da Polícia Militar, que chocou o Brasil pela desumanidade e truculência, beneficiou uma única pessoa o megaespeculador Naji Nahas.
A cobrança publicada no Observatório é de que os grandes jornais não têm mais desculpa para se omitir, depois do que está sendo revelado pela revista. Mas pairam dúvidas sobre uma reação de resgate de brios, de salvamento do jornalismo que não se mede pelos interesses da empresa dona do jornal ou revista – mas pelos interesses civis, contra os desmandos e contra corruptores. Há dúvidas porque os grandes jornais e revistas dependem dos anúncios da indústria imobiliária – e evitam desagradar construtoras, incorporadoras e empresas de corretagem.
“A conclusão é simples: a omissão das autoridades, a decisão judicial e a operação policial compõem um conjunto no qual o Estado se coloca a serviço do notório especulador Naji Robert Nahas, contra os direitos mais fundamentais de milhares de brasileiros”, diz o texto do Observatório da Imprensa, cuja leitura pode ser acessada na íntegra, seguindo o link abaixo. O site de Carta Capital, infelizmente, não traz o texto da reportagem na íntegra. Para conhecer a reportagem que mexe com os brios dos jornalistas honestos, só mesmo comprando a revista na banca.
A desocupação do Pinheirinho será tema de debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado na quinta-feira (23/02), por sugestão do presidente, senador Paulo Paim (PT-RS).
Reportagem revela uma história escabrosa
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