Encerrada a sessão da CPMI depois de 10 horas de depoimento, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), provou que não tem qualquer relação com o contraventor Carlinhos Cachoeira. A constatação é do líder do PT no Senado e do bloco de Apoio ao Governo, Walter Pinheiro (BA). “O Governador respondeu aos pontos e prova uma coisa fundamental que é a nítida: a comprovação de que ele não se encontrou, não o recebeu e ainda tomou atitudes para afastar qualquer suspeição, além de evitar que a Delta pudesse ampliar qualquer atuação no governo dele”, afirmou.
Na sessão que começou às 10h30 desta quarta-feira (13/06), o governador ressaltou também que não contratou nenhuma pessoa indicada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira ou pela Delta Construções.
Antecipando a qualquer questionamento, Agnelo Queiroz abriu mão dos sigilos bancário, fiscal e telefônico. “Quem não deve, não teme e, por isso, entrego ao presidente da CPMI essa decisão de colocar meus sigilos à disposição da Comissão”.
A intenção do petista de disponibilizar seus dados fiscal, bancário e telefônico é argumento para tentar quebrar o sigilo dos dados do governador Marconi Perillo (PSDB-GO). Um requerimento foi apresentado pelo PT e PDT para ser apreciado amanhã com pedido das quebras dos dois governadores. O requerimento será apreciado e votado amanhã, durante reunião administrativa da CPMI.
A decisão do governador Agnelo de disponibilizar os sigilos, motivou nas redes sociais campanha para abertura dos sigilos do governador goiano. No Twitter, a campanha #PerilloAbraoSigilo é um dos assuntos mais comentados.
Com informações da Assessoria de Imprensa do senador Walter Pinheiro