O senador Walter Pinheiro (PT-BA) subiu a tribuna do plenário do Senado Federal nesta segunda-feira (28/11) para celebrar os “bons ventos da energia eólica” em seu estado de origem. Ele frisou que uma política de atração de investimentos e instalação de uma de base de geração de energia na Bahia possibilitará a efetivação de 54 parques eólicos na região, até 2014. “A Bahia hoje representa”, afirmou o parlamentar, “20% do que foi disponibilizado em leilões públicos para geração de energia eólica em todo o País”.
O intenso sopro do voto, conforme constatou Walter Pinheiro, será responsável por “mais de 10% do que nós geramos hoje com hidrelétricas e termelétricas”. Ele observou que quando todos os parques já estiverem em funcionamento a geração de energia deverá ser de 1.400 megawatts. Fazendo um paralelo com os dias atuais, o senador ponderou que os rendimentos com a energia eólica na Bahia já chegam a ordem de R$ 400 milhões, em cima dos 90 megawatts produzidos no primeiro parque eólico em funcionamento na região da Chapada Diamantina, na cidade de Brotas de Macaúbas, que fica a 600 quilômetros de distância da capital Salvador.
Parafraseando o secretário de Infraestrutura e Vice-Governador da Bahia, Otto Alencar, o senador assegurou que a energia eólica representa os “royalties do sertão”. E a exploração dessa riqueza também será sentida no bolso do agricultor. Em seu pronunciamento, Pinheiro destacou que “os agricultores, além de terem acesso a essa energia, receberão, em média, algo em torno de R$ 6 mil a R$8 mil por ano. O que representa uma média de mais de um salário mínimo por mês para possibilitar, efetivamente, uma espécie de contrapartida, de aluguel dessas áreas utilizadas”, explicou.
Walter Pinheiro ainda observou que essa fonte alternativa de energia impulsionará a geração de emprego e o crescimento da Bahia, que conseguirá investimentos não apenas para a região metropolitana, mas para todo o estado. Uma forte evidência disso, também de acordo com o parlamenta, foi o Programa Luz para Todos. “A Bahia fez mais de 450 mil ligações de luz. O que gerou emprego, porque as pessoas precisavam instalar postes, puxar fios, fazer toda a ativação, e uma linha de negócios, com a fabricação de postes no Estado – no ano passado, faltou poste – e também a contratação de mão de obra local”, argumentou.