Pinheiro elogia transparência, mas cobra diálogo e soluções do governo

Pinheiro elogia transparência, mas cobra diálogo e soluções do governo

Pinheiro: “Achar que vamos corrigir o Orçamento, em um momento que estamos dirigindo isso no Congresso nacional, é um erro”Quando enviou a peça orçamentária de 2016 para o Congresso Nacional, o governo acertou ao dar transparência à previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões nas contas federais. No entanto, o Executivo também deveria ter chamado os parlamentares para debater soluções visando equacionar o problema e apontar rumos para o Brasil retomar o crescimento econômico. Essa é a opinião do senador Walter Pinheiro (PT-BA).

“Achar que vamos corrigir o Orçamento, em um momento que estamos dirigindo isso no Congresso Nacional, é um erro”, disse o senador, em discurso ao plenário nesta quarta-feira (2). Ele ainda se queixou da falta de “diálogo e interação” do Executivo com o Legislativo.

O parlamentar citou inclusive a possibilidade de o governo cortar 10 de seus 39 ministérios, além de reduzir o número de secretarias e cargos comissionados da União – proposta anunciada no dia 24 de agosto pelo ministro Nelson Barbosa (Planejamento). Segundo Pinheiro, essa redução já poderia ser prevista no Orçamento, o que poderia auxiliar no equilíbrio entre os gastos e despesas para o próximo ano.

Além das correções, ele defende que é preciso avaliar quais setores produtivos podem contribuir para a retomada do crescimento, e auxiliar o País a superar o atual momento econômico, não apenas “tapando buracos” da peça orçamentária. “Senão o ajuste vira mero aperto de cinto e vai faltar cintura”, disse.

Outro caminho apontado por Pinheiro é que o Senado também tome para si algumas ações, como a votação das propostas previstas no chamado Pacto Federativo, que reúne propostas destinadas a estabelecer uma nova relação entre a União, os estados e os municípios, desconcentrando os recursos arrecadados em tributos e contribuições da União.

“Não é achar solução para A ou para B. É para o Brasil. E acho que esse compromisso nós [senadores] podemos assumir”, finalizou o senador.

 

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