Planos de saúde devolveram R$ 167 milhões ao SUS em 2013

Valor se refere a atendimentos e procedimentos realizados em clientes dos planos na rede pública

Planos de saúde devolveram R$ 167 milhões ao SUS em 2013

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De 2011 a 2013, as operadoras ressarciram
o SUS em R$ 322 milhões

As operados de planos de saúde ressarciram o Sistema Único de Saúde (SUS) em R$ 167 milhões no ano de 2013. O valor é pago quando pacientes que têm plano de saúde são atendidos na rede.  O ressarcimento deve ser feito toda vez que um cliente de plano de saúde utiliza o SUS para realizar um procedimento que está no contrato de sua prestadora de serviço de saúde.

Os R$ 167 milhões recuperados em 2013 se referem a procedimentos realizados não apenas no ano passado, mas também a passivos que vêm sendo cobrados de 2000, quando o governo começou a exigir o ressarcimento. Entre 2011 e 2013, de acordo com o ministério, o total de reembolso foi de R$ 322 milhões.

Segundo o diretor da Agência Nacional de Saúde, Bruno Sobral, o volume da arrecadação se deve à “cobrança mais eficiente”. Desde 2011, foram cobrados dos planos 483 mil internações, número 36% maior que na década anterior.

Somente em 2013, foram 237 mil internações, de acordo com o ministério. O pagamento é repassado pela Agência Nacional de Saúde ao Fundo Nacional de Saúde e aplicado em ações de saúde e programas do ministério.

Partos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o parto é o procedimento que mais gerar devolução de recursos ao SUS. “Toda pessoa tem direito de usar o SUS, mesmo tendo plano de saúde. Em vacinações, no Samu, e também em internações”, disse. “Não vamos estabelecer nenhuma medida que impeça o paciente de usar o SUS, mas vamos cada vez mais cobrar de quem tem que ser cobrado, que são as operadoras de saúde”.

A agência identifica todos os pacientes atendidos pelo SUS e cruza essas informações com o banco de dados de cadastro dos usuários de planos de saúde. Quando um paciente com plano é identificado, a ANS notifica a operadora sobre os recursos que devem ser ressarcidos. Caso o pagamento não seja realizado, a operadora é inscrita na dívida ativa.

Nos últimos três anos, de acordo com o Ministério, o valor inscrito na dívida ativa foi de R$ 321 milhões, montante dez vezes maior que no triênio anterior.

Com informações do Ministério da Saúde e das agências de notícias

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